Médicos em São Lourenço do Sul permanecem em greve há dez dias
O dilema da quitação dos salários atrasados dos médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul ainda está sem solução e os profissionais mantêm a greve. A decisão ocorreu depois de reuniões promovidas pelo Sindicato Médico do...
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13/02/2017 16:37
O dilema da quitação dos salários atrasados dos médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul ainda está sem solução e os profissionais mantêm a greve. A decisão ocorreu depois de reuniões promovidas pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), nesta segunda-feira (13), com a direção do hospital e com a prefeitura municipal, na cidade situada no sul do Estado. A paralisação dos serviços acontece devido à falta de pagamento das remunerações de quatro meses – outubro, novembro, dezembro e janeiro.
Durante a reunião com a administração do hospital, o SIMERS apresentou uma nova proposta, que determina o pagamento de três meses (outubro, novembro e dezembro) até o final de fevereiro. A proposta prevê ainda que o saldo restante (janeiro) seja pago em duas parcelas, com o primeiro repasse em março e o segundo no mês de abril. No encontro com o prefeito, foi discutida a possibilidade de parte dos valores serem custeados também pela prefeitura.
A administração da Santa Casa rejeitou a proposição do Sindicato Médico e manteve a proposta anterior, que sugere o pagamento de dois meses até o final deste mês e os demais repasses quitados em três parcelas em março, abril e maio. Com o impasse, os médicos voltam a se reunir nesta terça-feira (14) para discutir o rumo do movimento.
“Cumprimos nosso objetivo – apresentamos uma contraproposta de recebimento dos vencimentos em atraso, na qual prevê também a assinatura de termo de confissão de dívida pelo gestor da instituição, José Ney Lamas. Também conseguimos obter o engajamento do prefeito e o compromisso de se fazer mais atuante como gestor responsável pela assistência à saúde no município. Temos a expectativa de que situação semelhante não se repita no futuro” afirma o diretor do SIMERS, Willian Adami, que cobra uma solução imediata, já que o hospital ainda não quitou a dívida com os médicos, mesmo depois de ter recebido repasses do governo do Estado.
O movimento
Iniciada em 3 de fevereiro, a greve envolve especialistas de cinco áreas – anestesia, radiologia, pediatria, cirurgia e ginecologia. Desde o início do movimento, os médicos atendem somente os casos de urgência e emergência. A medida só foi tomada após expirar o prazo de 30 dias da notificação encaminhada à direção da Santa Casa, na qual o SIMERS cobrava a regularização dos pagamentos, e para a qual não obteve resposta.
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