Médicos municipários de São Francisco de Paula em estado de greve
Inconformados com a ausência de estrutura adequada nos postos de saúde e com as dificuldades de comunicação com a prefeitura, os médicos municipários de São Francisco de Paula deflagraram estado de greve. A decisão foi tomada em uma assembleia geral...
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12/10/2017 19:17
Inconformados com a ausência de estrutura adequada nos postos de saúde e com as dificuldades de comunicação com a prefeitura, os médicos municipários de São Francisco de Paula deflagraram estado de greve. A decisão foi tomada em uma assembleia geral realizada na tarde desta terça-feira (10), com a presença da diretora do SIMERS, Gisele Lobato, juntamente com a assessoria jurídica e política da entidade médica.
Conforme os médicos, muitas salas não têm condições adequadas para o atendimento. Além disso, faltam medicamentos e materiais básicos como otoscópio e oxigênio. Os servidores também relataram que não há sistema de internet em algumas unidades, impossibilitando a agilidade nos atendimentos, especialmente quando há excesso de demanda.
Outro problema é a falta de comunicação da gestão municipal. Um exemplo foi a implantação do ponto biométrico na segunda-feira passada, em caráter experimental de 30 dias, sem aviso prévio. O fato causou estranheza e confusão aos médicos sobre como proceder no período de testes.
Segundo Gisele, há falta de consideração da prefeitura com as reivindicações da entidade médica para resolver os problemas da saúde do município. “Parece que existe um descaso da gestão municipal. O prefeito não nos atende e estamos tentando essa agenda desde o mês de julho. Conversamos com o vice-prefeito poucas vezes. Enquanto isso, os médicos estão extremamente angustiados, preocupados pela falta de estrutura para prestar atendimentos de maior qualidade para a população”, afirma Gisele, do SIMERS.
Flexibilização da carga horária
Em setembro, o SIMERS se reuniu com o vice-prefeito Thiago Teixeira para buscar alternativas na readequação da carga horária dos médicos, com um período destinado a capacitações. Nessas ocasiões, Teixeira alegou que a gestão municipal era sensível às reivindicações. Semanas depois, no entanto, a prefeitura instalou o ponto biométrico para cumprimento da carga integral no posto de saúde, sem qualquer comunicação.
Por outro lado, está registado no edital de contratação que os médicos têm o dever de realizar visitas domiciliares aos pacientes que não podem se locomover até a unidade de saúde. O documento também estabelece que os médicos têm o direito de incluir as horas de capacitação – ou de outras atividades que colaborarem para a melhoria do serviço prestado – no cálculo da carga horária trabalhada.
Encaminhamento
O SIMERS irá enviar um ofício ao prefeito e à Secretaria da Saúde de São Francisco de Paula com todas as reivindicações dos médicos, com prazo de resposta até o dia 20 de outubro. Além disso, a entidade médica solicita a presença de um representante médico no grupo de trabalho que a prefeitura criou para tratar da saúde no município.
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