Médicos municipários de POA na luta contra corte de direitos
Os médicos municipários de Porto Alegre e o Sindicato Médico do RS (SIMERS) passaram esta quarta-feira (19) em luta contra o terrorismo e assédio aos servidores promovidos pelo governo do prefeito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB). A prefeitura tem ameaçado constantemente o...
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19/04/2017 13:06
Os médicos municipários de Porto Alegre e o Sindicato Médico do RS (SIMERS) passaram esta quarta-feira (19) em luta contra o terrorismo e assédio aos servidores promovidos pelo governo do prefeito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB). A prefeitura tem ameaçado constantemente o funcionalismo com a promessa de atrasos, parcelamento de salários e perda de direitos, além da terceirização de serviços.
A paralisação começou com ato dos trabalhadores em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) no dia do aniversário de 71 anos da instituição. Os funcionários deram um abraço simbólico e cantaram parabéns para o hospital. De lá, seguiram em caminhada até o Paço Municipal, onde centenas de servidores protestaram contra os ataques do Executivo à categoria.
Representando o SIMERS, a diretora e médica plantonista do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), Clarissa Bassin, falou aos colegas sobre os direitos do funcionalismo. “Nós entramos pela porta da frente do concurso público e escolhemos servir o município de Porto Alegre. Os médicos foram os primeiros a ser terceirizados. No nosso serviço, quase a metade do grupo é de médicos terceirizados e essa é uma prática que vai se proliferar”, pondera Clarissa, lembrando que o cenário é verificado em outras cidades, como Cachoeirinha, que completa nesta quarta-feira 45 dias de greve.
Não por acaso, os médicos e demais categorias da saúde aderiram à mobilização. Tanto no Pronto Atendimento Bom Jesus quanto no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, estão sendo atendidos apenas casos de emergência, em respeito à Lei de Greve.
O diretor do SIMERS e municipário, Jorge Eltz, explicou que o movimento é um alerta contra o desrespeito do prefeito Marchezan com os municipários. Também ressaltou que medidas como essa estão sendo tomadas em todo o Brasil. “O que se vê no país inteiro é um ataque aos direitos dos trabalhadores em todas as esferas, um verdadeiro desmonte do funcionalismo e, consequentemente, da saúde pública”, disse Eltz.
Assembleia projeta paralisação
Durante a tarde, os servidores do município estiveram reunidos em assembleia no Largo dos Açorianos. Em pauta, a organização dos trabalhadores para a greve geral, que ocorre em todo o país no dia 28 de abril. A paralisação é contra a Reforma da Previdência, Trabalhista e a terceirização ilimitada, que significam a precarização das relações de trabalho.
Em sua fala durante a assembleia, Eltz alertou para o projeto de lei encaminhado pelo prefeito à Câmara de Vereadores, que propõe um adicional de R$ 12,9 mil no salário de secretários concursados. A medida aparece no mesmo momento em que Marchezan promete atrasos nos salários dos servidores municipais.
“É inconstitucional e imoral. Na realidade, o que ele está querendo fazer com isso é um balão de ensaio. Se esse projeto passar, ele vai querer encaminhar outro que cortará os direitos já conquistados pelos trabalhadores. Então, é fundamental que haja mobilização para barrarmos essa medida. Temos que ir para dentro da Câmara de Vereadores e pressionar”, destacou ainda Eltz.
Na próxima terça-feira (25), às 19h, ocorre reunião dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) da saúde para definir a participação da área na greve geral do dia 28. O encontro acontece nos fundos da Secretaria Municipal de Saúde (Avenida João Pessoa, 325).
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