O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve nesta terça-feira, 18, no Mediar (Núcleo Permanente de Autocomposição) do Ministério Público do Estado (MP), para firmar um acordo com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) sobre o aumento das mensalidades do Novo Internato do Curso de Medicina. O assunto esteve no centro das discussões e resultou na formatação de um Termo de Autocomposição Extrajudicial, com intermediação da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, em função da preocupação de estudantes e familiares com um aumento expressivo das mensalidades do internato médico.
Depois de diversas reuniões, em que acadêmicos, Simers e PUC foram ouvidos, começou a se desenhar um acordo, levado aos estudantes e familiares. A diretora Debora do Espírito Santo, que representou o Simers na reunião, comemorou o resultado. “Estamos felizes porque conseguimos uma negociação bem boa entre a PUC e as famílias dos estudantes, que estavam muito preocupadas com a situação”, avaliou. Ela considera que houve boa vontade por parte da Universidade, em abrir as portas para a negociação, e dos pais dos alunos, que também se mostraram dispostos a enxergar o lado da instituição de ensino. “Alcançamos nosso objetivo de acolher as necessidades dos estudantes e suas famílias e de dar sustentação à composição de um acordo que permitisse a adequação do orçamento familiar a esses ajustes na mensalidade”, celebrou.
Já o estudante do curso, Álvaro de Leonço afirmou sair aliviado de todo o processo. Segundo ele, o diálogo com as famílias e a oportunidade de explicar como o acordo estava sendo construído, foram algumas das chaves que levaram ao sucesso da negociação. “Nós buscamos entender o que estava acontecendo com a universidade em função das questões de mercado e de alterações curriculares determinadas pelo MEC e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto dessas adequações nas mensalidades”, relatou.
Segundo Leonço, as reivindicações das famílias foram ouvidas e a PUC reconheceu algumas necessidades de melhorias no processo. De outro lado, também foi feita a interlocução com as famílias para que elas entendessem o que estava sendo discutido no MP com a PUC. E foi a partir disso que se compôs um acordo, cujo resultado é a oferta de um desconto regressivo para os alunos atualmente matriculados no curso que ingressaram no Novo Internato este ano ou que ingressarão até 2028. “É uma forma de permitir um impacto menor a quem já está no internato e de as famílias de quem ainda não entrou poderem se preparar para os próximos anos”, explicou.
Os promotores mediadores Ivana Kist Huppes Ferrazzo e Gílson Borguedulff Medeiros elogiaram o acordo resultante da mediação. Na oportunidade, um representante dos acadêmicos e outro da PUC escreveram uma palavra na parede da sala, transformada num mural para simbolizar o entendimento entre as partes.
A partir de agora, a PUCRS enviará por e-mail aos estudantes o termo e eles terão prazo de cinco dias a partir dessa data para aderirem ao desconto. A Universidade também deve colocar um canal à disposição das famílias para esclarecimento de dúvidas, especialmente no que diz respeito a quem tem financiamento ou crédito educativo.
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