Montenegro: Simers debate com prefeitura a situação do HM Regional

Na manhã de segunda-feira,31, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) Marcelo Matias reuniu-se com o prefeito de Montenegro, no Vale do Caí, Gustavo Zanatta, bem como as equipes das áreas de Planejamento e diretoria de Contratos e Transparência. Na pauta da visita, a situação dos atrasos com os médicos do Hospital Montenegro, que estão desde novembro de 2024 sem ter seus honorários quitados pela administração hospitalar. Atualmente, a Prefeitura não realiza repasses à instituição, visto que a cidade possui um Pronto Atendimento Municipal (PAM), ao qual é responsável pelos atendimentos de Urgência e Emergência.

Todas as especialidades médicas, junto ao HM, enfrentam problemas, principalmente a Obstetrícia. Ao prefeito, Marcelo Matias sugeriu que Montenegro e as 14 cidades que compõem o Consórcio Intermunicipal do Vale do Caí (CIS/CAÍ) e que usufruem dos serviços do Regional, adquirissem e pagassem, respeitando a proporcionalidade habitacional de cada território, auxiliando na diluição dos custos. Hoje, o serviço de Traumatologia possui um repasse por parte de cada Município, com um custo aproximado de R$ 0,87 por habitante, que é depositado no caixa único do Hospital.

Ao Simers, Zanatta solicitou um levantamento sobre a situação atualizada da instituição com a categoria médica, elencando quatro questionamentos: dívida atualizada; quantidade de médicos ou empresas prestadoras de serviços; o valor do Programa Assistir e o déficit mensal para a quitação dos valores do Hospital para com a categoria. Nos próximos dias, será encaminhada ao Poder Executivo o detalhamento da sugestão do Simers, bem como a ampliação do debate com todas as prefeituras envolvidas e a estadualização do tema, junto a Secretaria de Estado da Saúde.

Reunião com o Corpo Clínico

Na sequência da reunião com Zanatta, o presidente Marcelo Matias reuniu-se com o Corpo Clínico do HM Regional e com o diretor Jeferson Alonso, a fim de se complementar informações e apresentar propostas que visam melhorar a situação da categoria médica que presta serviços à instituição de saúde montenegrina. 

De acordo com Jeferson, o hospital solicitou a antecipação das competências outubro, novembro e dezembro de 2025, do Programa Assistir, gerido pelo Governo do Estado, para quitar uma das quatro notas em aberto com os médicos. A instituição segue afirmando que a saída para o hospital é o aporte de R$ 30 milhões, por parte do Ministério da Saúde, confirmado para acontecer até maio.

Diante do cenário inconclusivo, o Simers irá convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com todos os médicos do HM para que seja avaliada uma alternativa e, também, que o hospital se comprometa, publicamente, com a quitação dos valores em aberto junto à categoria, assim que os recursos do MS e do Teto MAC sejam repassados. O Simers salienta que, até maio, prazo confirmado pela instituição para o repasse dos valores, a categoria já terá um acumulado de cinco competências em atraso, agravando ainda mais a continuidade dos serviços.