Mosquito Aedes Aegypti pode estar se tornando mais resistente

Os casos de microcefalia não passaram longe dos gaúchos, tanto que os fetos de duas gestantes foram diagnosticados com a doença em diferentes cidades do Estado. Uma em Esteio, picada pelo inseto em Pernambuco, e a outra em Cachoeira do Sul, contaminada em Campinas (na grande São Paulo). Para a Vigilância Sanitária do Estado, os casos não preocupam tanto porque o Rio Grande do Sul não registrou nenhum caso de microcefalia ou doenças neurológicas associadas ao Zika Vírus contraídos dentro da região sul do Brasil. Conforme a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (CEVS), Marilina Bercini, as pesquisas têm apontado que o mosquito está um pouco mais resistente. “Não podemos afirmar com precisão, mas sabe-se que este ano ele perdurou um pouco mais. Há estudos que indicam existência da adaptação do mosquito”, ressaltou a diretora.

Prevenção impede criação de focos do mosquito

Se por um lado o mosquito se adapta, por outro lado a população está mais consciente ajudando a extinguir focos do Aedes Aegypti nas casas. Dona Rejane Dorneles, que mora em uma casa no Centro de Porto Alegre, troca a água dos vasos de plantas todos os dias para não ver o mosquito voando. “A proliferação desse inseto deve acontecer muito rápida, por isso não dou tempo. Já vi mosquitos com manchas brancas aqui no meu pátio, mas pelo jeito não estavam contaminados”, comentou a professora. O SIMERS permanece atuando no combate do mosquito, disseminando as informações junto à sociedade e médicos.