Desde junho de 2016, 3.300 casos de sarampo foram registrados na Itália, incluindo duas mortes. Somada toda a Europa, o número de óbitos sobe para 35 no mesmo período. Segundo o Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças, o quadro está ligado a um acúmulo de pessoas não vacinadas.
Em todo o mundo, tem crescido o grupo de pais contrários à vacinação de seus filhos. Os motivos são inúmeros, desde crenças religiosas e filosóficas até o receio dos efeitos colaterais que a imunização pode gerar. Embora no Brasil o movimento ainda não tenha a mesma abrangência que alcança nos Estados Unidos ou nos países europeus, o SIMERS reforça o alerta já dado pelos especialistas.
“Hoje temos o ressurgimento de doenças que estavam praticamente erradicadas ou sob controle. O sarampo é, neste momento, o caso mais nítido. No Brasil, até 2015 o Ceará registrou surtos. Não podemos deixar que isso volte a acontecer”, destaca o vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Marcelo Pavese Porto. O pediatra usa também o exemplo da poliomelite para ilustrar a situação. Hoje com 52 anos, ele recorda já ter visto inúmeras pessoas com sequelas relacionadas à doença, especialmente na infância. “No entanto, enquanto médico, nunca vi nenhum caso real. Precisamos questionar por que o cenário mudou. A resposta está no controle promovido pela vacina”, completa.O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.