NOTA DE ESCLARECIMENTO - UPA JUNÇÃO - RIO GRANDE

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) torna pública sua completa PERPLEXIDADE diante de postagem efetuada pela Prefeitura do Rio Grande, em rede social, acerca dos atendimentos restritos da UPA Junção.

O Simers salienta que os atendimentos considerados de baixa ou baixíssima gravidade, que pelo Protocolo de Manchester são classificados como Azul e Verde, ESTÃO SUSPENSOS NA UNIDADE.

Com um contexto politiqueiro e falacioso, o Poder Executivo, que mesmo diante alegação de adimplência com a empresa terceirizada, e gestora da Unidade, chama a restrição de mentirosa, usando o termo "fake".

A suspensão por atrasos foi deliberada e aprovada em Assembleia Geral Extraordinária, que encontra-se aberta, e ontem, 17/02, REFERENDOU a permanência do estado restritivo.

A categoria médica riograndina pede desculpas à população local, e solicita que atendimentos que não sejam URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, sejam deslocados para Unidades de Saúde Básica (UBS) mais próximas.

As inverdades não vêm da categoria médica, mas, infelizmente, do Poder Público. E tal restrição já foi até constatada por vereadores e pacientes.

Nenhum médico paralisa porque quer, mas diante da gravidade da situação, se vê forçado a escolher tal alternativa ética, prevista no Artigo V, dos Direitos Fundamentais do Código de Ética Médica do Brasil.

Além disso, a Prefeitura confirma, e debocha da categoria que,mesmo sem receber, está atendendo a população.

Cabe salientar que o movimento de suspensão NÃO É COMPULSÓRIO e pode haver,sim, alguns atendimentos por parte do médico, que tem essa liberdade individual e, acima de tudo, HUMANITÁRIA.

Salientamos que, até ameaças por parte de gestores, a categoria está recebendo, inclusive da demissao coletiva daqueles que aderiram o movimento, já para próxima escala de trabalho, configurando uma afronta às Leis Trabalhistas de nosso País.

O médico, assim como a população, é vítima desta ineficiência do Poder Público.
 

Sindicato Médico do Rio Grande do Sul