Após a notícia de um incêndio que causou a morte de um paciente em um dos leitos de isolamento da UPA Scharlau, em São Leopoldo, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul esteve na unidade saúde para obter mais detalhes sobre o ocorrido.
Na tarde desta terça-feira, 14, o diretor Ricardo Nogueira, coordenador do Núcleo de Psiquiatria, foi à unidade e conversou com a responsável técnica e médicos. O paciente do caso em questão, usuário de crack, teria dado entrada na UPA com necessidade de tratamento clínico.
O que o Simers constatou foi uma tragédia anunciada: falta de psiquiatras na UPA e apoio psiquiátrico para capacitação e treinamento da equipe.
Com a sobrecarga de trabalho, com equipe insuficiente para o tamanho e a demanda da instituição, é alarmante o cenário encontrado. Trata-se de um posto que atende a casos de dependentes químicos, três tentativas de suicídio, em média, por dia e outras demandas de saúde mental de forma recorrente que não conta com o suporte necessário. Esta realidade, alerta o Sindicato, é o que pode ocorrer quando são fechados e negligenciados os institutos e serviços psiquiátricos.
O atendimento nas emergências precisa deste suporte de forma imediata, uma vez que muitos encaminhamentos só podem ser feitos após a estabilização de problemas clínicos (co-morbidades). Os tratamentos, entende-se, devem ocorrer de forma simultânea, pela saúde dos pacientes que precisam deste atendimento mais amplo e pela segurança dos médicos e demais pessoas (familiares, vizinhos, entre outros).
O papel do Simers é proteger os pacientes, a população e os médicos.
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