Nova gestão do Simers vista UPAs em Canoas

Para saber mais sobre a situação dos médicos que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento de Canoas, a nova gestão do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realizou visita técnica na tarde desta sexta-feira, 3, nas UPAs 24h Niterói, Boqueirão e Liberty Dick Conter. A coordenadora da Região Metropolitana do Simers, Alessandra Felicetti, e o diretor Ricardo Nogueira conversaram com os profissionais do plantão para identificar as dificuldades que afetam os médicos prestadores de serviço, desde atraso nas remunerações até falta de insumos e medicamentos.

Nas UPAs Niterói e Boqueirão, os médicos ainda aguardam pagamento em atraso devido pela Medlife, referente à setembro, outubro e parte de novembro. A empresa era responsável pela contratação dos médicos e rescindiu o contrato com o Instituto Brasileiro de Saúde, Ensino, Pesquisa e Extensão para o Desenvolvimento Humano (Ibsaúde), o qual faz a gestão de quatro UPAs e quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do município. Já na UPA Liberty, que precisou ser totalmente reformada devido à enchente de maio, a falta de ar condicionado prejudica a qualidade do atendimento.

De acordo com a coordenadora da Região Metropolitana do Simers, no que se refere às remunerações devidas, os médicos ainda relatam a insegurança quanto ao futuro dos contratos, pois a previsão é de que uma nova empresa assuma a responsabilidade pelas escalas somente em fevereiro. “A nova gestão do Simers tem o compromisso em estar presente no dia a dia dos médicos, visitando-os em seus postos de trabalho e ouvindo suas necessidades, pois acreditamos que esse diálogo constante e próximo é essencial para garantir condições dignas e justas de trabalho aos profissionais que estão na linha de frente do atendimento”, reforça Alessandra.

No dia 18 de novembro, cerca de 100 médicos foram impactados pela decisão da empresa responsável pelos serviços médicos em encerrar os contratos com o Ibsaúde. O motivo foi o constante atraso nos repasses de recursos para que a empresa possa quitar as remunerações dos profissionais e a falta de previsibilidade para regularizar a situação.