Novo caso de violência escancara falta de segurança na saúde da Capital

Mais um episódio de violência, registrado na madrugada desta terça-feira (6/6), expõe a falta de segurança nas unidades de saúde do Estado. No Pronto Atendimento da Vila Cruzeiro do Sul (PACS), em Porto Alegre, um homem invadiu o saguão e houve troca de tiros. Segundo informações preliminares, o homem tentou roubar a arma de um vigilante terceirizado. Outra vez pacientes, funcionários, médicos e familiares correram sério risco de vida. O PACS, desde janeiro deste ano, não conta mais com a vigilância da Guarda Municipal, mesmo sendo um dos locais onde seguidamente ocorrem fatos semelhantes. “Antigamente existia a presença da Guarda Municipal em frente ao local, o que inibia as ações. Os médicos e enfermeiros estão assustados”, afirmou a diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Clarissa Bassin, que atua no PACS. Com essa ocorrência, o SIMERS contabiliza 16 ocorrências dentro ou no entorno de hospitais e postos de saúde no Estado em 2017. Do total, metade dos casos foram registrados na Capital. Desde 2014, conforme levantamento do Sindicato, foram 78 ocorrências no Estado. Em Porto Alegre, este é o 50º caso no período. O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, reforçou a crítica para a falta de viatura da guarda municipal, que havia sido deslocada para o postão. “Este governo retirou os profissionais, funcionários públicos concursados e treinados, e colocou a segurança na mão de terceirizados. Ocorreu o que todos sabiam que ia ocorrer. Nunca ouvimos falar de um brigadiano assaltado para roubarem sua arma. Eles são funcionários públicos de carreira, concursados e treinados, e os marginais sabem disso, e tem medo.”