SIMERS defende novo processo seletivo para hospitais e unidades de saúde em Canoas
A Luta

SIMERS defende novo processo seletivo para hospitais e unidades de saúde em Canoas

O anúncio de que um gestor assumirá parte dos serviços de saúde em Canoas gerou grande preocupação sobre o futuro da assistência da população. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) defende que seja feito nova seleção para...

Compartilhe

19/10/2017 17:51

O anúncio de que um gestor assumirá parte dos serviços de saúde em Canoas gerou grande preocupação sobre o futuro da assistência da população. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) defende que seja feito nova seleção para redefinir quem assumirá o HPSC e as UPAs Caçapava e Rio Branco. O SIMERS acompanha desde o fim de 2016 a situação, quando o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) assumiu a gestão as três unidades de saúde, além do Hospital Universitário (HU) e quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). HU e CAPS permanecerão com o Gamp. A prefeitura de Canoas simplesmente convocou a terceira colocada no chamamento público realizado no ano passado, que é o Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), para assumir o HPS e as UPAs, que somam mais de 300 médicos. “O quadro é catastrófico. Os salários são reiteradamente pagos em atraso, há pendência de três meses nas remunerações, faltam medicamentos, aparelhos como tomógrafo estão estragados e há ilegalidades no recolhimento de direitos dos trabalhadores”, lista o presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes. “O prefeito, em vez de colocar ordem na casa, aceita de volta parte dos serviços e repassa a outro. Não é disso que a cidade precisa, mas de medidas que assegurem condições de atendimento!”, cobra Argollo.
HPS de Canoas
HPS de canoas passaria para a administração do Isev. Foto: Divulgação/SIMERS

Histórico de problemas

O SIMERS alerta que a atuação do Isev em outros municípios lança dúvidas sobre a capacidade de dar conta das responsabilidades em Canoas. O Instituto é alvo de investigações do Ministério Público e até foi afastado da gestão hospitalar em uma das localidades, após intervenção municipal. Confira as situações que envolvem o Isev:
  • Estância Velha: O Hospital Getúlio Vargas foi alvo de uma intervenção da prefeitura em fevereiro de 2017, com o afastamento do Isev. Uma decisão judicial determinou o bloqueio de R$ 2 milhões nas contas do Instituto.
  • Taquara: os Ministérios Públicos Estadual (MP) e Federal (MPF) ajuizaram Ação Civil Pública com pedido de liminar para anular a contratação do Instituto e habilitar um novo Gestor para o Hospital Bom Jesus. A ação tem por fundamento o fato de que o Isev não é uma "Organização Social", como requisitavam os termos de contratação, e, portanto, não poderia ser habilitado. Em 8 de setembro de 2017, o SIMERS notificou o Isev, CREMERS e Ministério Público de que os serviços médicos seriam suspensos em 11 de setembro de 2017, por falta de materiais e medicamentos na unidade administrada pelo instituto. O corpo clínico suspendeu os atendimentos eletivos desde então. Atualmente, os atendimentos estão restritos a casos de urgência/emergência.
  • Taquari: inquérito em tramitação no Ministério Público apura a destinação de verbas públicas para o instituto.
  • Tags: ISEV Canoas HPSC

    Aviso de Privacidade

    O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.

    Ver Política