Em recente comunicado, a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com sede em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, anunciou a abertura de seis novos cursos de Medicina na instituição de ensino superior Brasil afora. No Rio Grande do Sul, que sediará metade dos cursos anunciados, a lista de Faculdades subirá para 22 locais. As novas graduações em Medicina foram autorizadas a funcionar via medida judicial.
Para o diretor de Políticas Estratégicas do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Vinicius de Souza, que analisa há anos o surgimento de novos cursos, “Quantidade não é qualidade e, mesmo que fosse, não poderíamos usar a primeira como referencial de Saúde, o qual deve ser baseado em qualidade de vida para o paciente e sustentabilidade do nosso sistema. Nenhuma dessas coisas depende ou melhora com superprodução de médicos”, disse.
Para o Simers, não há necessidade de mais faculdades e, sim, de fiscalização e disponibilidade de estrutura à melhor formação dos profissionais. Em 2019, a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou um estudo apontando que o Brasil era o segundo país do mundo com o maior número de faculdades de medicina. Além disso, existem no país 2,2 médicos por mil habitantes, o que também elimina o argumento de que "faltam médicos", tendo em vista que o número de profissionais está bem acima do mínimo recomendado pela OMS, que é de um profissional para cada mil habitantes.
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