Divulgação: Amália Ceola ASCOM Simers
Casos como o recente “crime da mala”, em que um homem esquartejou a companheira e tentou ocultar o corpo, levantam uma questão urgente: onde devem permanecer pessoas com esse grau de periculosidade? Em liberdade ou sob constante vigilância?
Esse episódio trágico evidencia a necessidade de manter estruturas de segurança e atenção especializadas para proteger a população. No entanto, o Estado tem adotado uma política preocupante de desmonte dos espaços que garantem o isolamento e o tratamento adequado de indivíduos com transtornos mentais que representam risco à sociedade.
No caso em questão, chama a atenção o fato de que o autor do crime não foi avaliado por um médico psiquiatra. A decisão judicial que o manteve em liberdade foi baseada em laudos de uma psicóloga e de uma assistente social, o que levanta questionamentos sobre a ausência de uma análise clínica especializada em saúde mental, especialmente diante da gravidade dos sinais de comportamento violento.
Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), única instituição destinada ao acompanhamento desses casos. No entanto, há uma proposta em andamento para seu fechamento, substituindo-o por alternativas que não oferecem o mesmo nível de contenção, cuidado especializado e segurança pública.
Para o Núcleo de Psiquiatria do Simers, essa medida causa profunda preocupação e gera um alerta importante: episódios como o do “crime da mala” podem se repetir com maior frequência caso não haja locais apropriados para abrigar esses indivíduos com o devido rigor técnico e jurídico. A sociedade não pode ser exposta ao convívio com pessoas de alta periculosidade sem a devida proteção.
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