Com a praticidade dos fast foods, é fácil encontrarmos crianças comendo hambúrguer e tomando refrigerante antes dos dois anos de idade. Segundo dados do IBGE do ano de 2015, 25% das crianças do Brasil, têm sobrepeso e obesidade. O termo sobrepeso é geralmente usado para indicar o excesso de peso enquanto obeso se refere a excesso de gordura.
A obesidade infantil é uma tendência mundial. Estudos mostram que 80% das crianças obesas continuarão sendo obesas na fase adulta. Em 2022, 65% da população terá obesidade ou sobrepeso.
Para o especialista em pediatria, nutrologia e endocrinologia Matias Epifânio, quanto mais passa o tempo, mais difícil fica para modificar o costume da criança de consumir açúcar e carboidrato. “Nos melhores centros mundiais, as taxas de obesidade são muito baixas porque há um conjunto de fatores envolvidos como culturais, políticos e comerciais. Por isso é muito importante a gente trabalhar enquanto a criança é pequena", destaca Matias. Segundo o pediatra, a preocupação dos médicos é tratar a obesidade desde quando a criança está na barriga da mãe promovendo cuidados, pois um grande ganho de peso na gestação também está associado à obesidade na vida adulta. O aleitamento materno é outro item fundamental: quanto mais tempo de amamentação, menos chances do bebê ser um adulto obeso. Matias alerta que os pais precisam se conscientizar que uma criança que é obesa desde pequena, apresenta alterações cardiovasculares precoces, gerando uma série de problemas na saúde. "Acompanho 200 crianças num ambulatório na PUC, onde vejo crianças pequenas com pressão alta, pré-diabéticas e com problemas cardiopulmonares. Imagina se elas continuam sendo obesas na vida adulta? A sobrevida dessas pessoas será menor”, afirma.
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