OMS estima que em 2030 exista 17 milhões de mortes pelo câncer de pele
A procura pelo bronzeado perfeito - principalmente no verão - preocupa dermatologistas. O câncer de pele não melanoma permanece sendo o mais incidente no Brasil, seguido de próstata e o de mama.
Compartilhe
06/01/2017 09:00
A procura pelo bronzeado perfeito - principalmente no verão - preocupa dermatologistas. O câncer de pele não melanoma permanece sendo o mais incidente no Brasil, seguido de próstata e o de mama.
Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), junto com o DataFolha, mostrou os hábitos de exposição solar do brasileiro. A análise trouxe dados preocupantes:
106 milhões de brasileiros se expõem ao sol de forma intencional nas atividades de lazer – 70% da população acima de 16 anos.
60% dos brasileiros não usam protetor solar no seu dia a dia. Ou seja, mais de 95 milhões de pessoas não se protegem de forma regular.
Seis milhões de brasileiros adultos não se protegem de forma alguma quando estão na praia, piscina, cachoeira, banho de rio ou lago.
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) estima que serão contabilizados cerca de 176 mil novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (seção RS), Clarissa Prati, apesar da alta na utilização de filtro solar pela sociedade, outras medidas devem ser tomadas. “O efeito da radiação solar é acumulativo, causando danos na pele com o passar dos anos. Logo, os cuidados devem ser constantes como, por exemplo, usar proteção não somente na praia ou piscina, mas sim o dia inteiro: chapéu, protetor solar, usar sombrinha com tecido grosso. As pessoas precisam ser mais conscientes quanto a essa importância do uso de proteção no dia-a-dia”, ressaltou.
A administradora Neiva Teixeira, de 53 anos, levou um susto no final do ano passado ao ser diagnosticada com câncer de pele. Natural da cidade de Muçum / RS, ela teve sua infância trabalhando na agricultura, o que ajudou a culminar no câncer. Em dezembro de 2016 Neiva retirou o melanoma. “O fundamental foi ter diagnosticado o câncer de pele no estágio inicial e ter podido me tratar rapidamente”, esclareceu Neiva.
A Organização Mundial da Saúde estima que, no ano de 2030, exista cerca de 27 milhões de novos casos de câncer de pele, 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com a enfermidade. Os países com maior incidência serão os que estão em desenvolvimento.
Tipos de câncer de pele
O câncer de pele pode se manifestar de diversas formas, como em uma ferida que não cicatriza, uma pinta ou mancha na pele (normalmente mais escuras), e é classificado em dois tipos:
Os Melanomas são mais agressivos e letais, com chances de provocar metástase. É responsável por 5% dos casos de câncer de pele, mas corresponde por 46% as mortes. Existem também os Não Melanomas, divididos em Carcinoma Basocelular e o Carcinoma Espinocelular, sendo ambos os mais comuns de câncer de pele, tendo baixa letalidade caso a detecção ocorra precocemente.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.