Paciente está há quase cinco meses no Pronto Atendimento IAPI, alerta SIMERS
Sem leitos de retaguarda, pacientes aguardam dias e até meses por transferência na Unidade de Internação em Saúde Mental do Pronto Atendimento IAPI, em Porto Alegre. O Sindicato Médico do RS (SIMERS) vai acionar o Ministério Público (MP) para reivindicar...
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24/08/2017 15:33
Sem leitos de retaguarda, pacientes aguardam dias e até meses por transferência na Unidade de Internação em Saúde Mental do Pronto Atendimento IAPI, em Porto Alegre. O Sindicato Médico do RS (SIMERS) vai acionar o Ministério Público (MP) para reivindicar providências.
As resoluções do Conselho Federal de Medicina definem 24 horas como o período máximo de observação em unidades de pronto-atendimento. Ao contrário disso, há o caso de um paciente que está há quase cinco meses internado no IAPI. Na manhã desta quinta-feira (24), quando a diretora do SIMERS Gisele Lobato visitou o local, havia 26 pessoas, sendo duas adolescentes, no espaço que comporta até 16 pacientes.
A equipe do local informou que na segunda-feira (21) haviam 34 pacientes no Pronto Atendimento após o recebimento de ordens judiciais determinando internação de 10 dependentes químicos. A média mensal de atendimentos que passam na unidade é 1 mil pessoas. Já há denúncia no MP sobre a superlotação.
Situação grave no PACS
A situação se repete em outro pronto-atendimento da Capital. Nesta segunda-feira (23), o SIMERS alertou as autoridades e população sobre a demanda além da capacidade na ala psiquiátrica do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS). Há caso de uma adolescente que dorme em colchão no chão há dez dias. Sem leitos suficientes e nem espaço adequado para atendimento, seis adolescentes foram internados em cinco consultórios, sendo que dois dividem o mesmo ambiente. Com isso, as consultas precisaram ser feitas na sala do serviço social.
Abertura de 30 leitos no Hospital Espírita
Para aliviar um pouco a situação, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou a abertura de 208 leitos do SUS no Hospital Espírita. Para o SIMERS, é relevante que, destes, 30 leitos sejam destinados à psiquiatria. “Mesmo que insuficientes, diante da carência crônica, são relevantes, principalmente para o atendimento de menores”, considera a entidade.
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