Pacientes com Parkinson tiram dúvidas em palestra sobre incontinência urinária
A palestra“ Incontinência Urinária em Pacientes com Parkinson”, ministrada pelo ginecologista Ernesto de Paula Guedes Neto, foi realizada na tarde de quinta-feira (18), na sede da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). Durante o evento, promovido pela Associação...
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25/08/2016 15:00
A palestra“ Incontinência Urinária em Pacientes com Parkinson”, ministrada pelo ginecologista Ernesto de Paula Guedes Neto, foi realizada na tarde de quinta-feira (18), na sede da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). Durante o evento, promovido pela Associação Parkinson do Rio Grande do Sul (APARS), o médico abordou temas como tratamentos e sinais de incontinência, além de tirar dúvidas dos participantes portadores do mal de Parkinson.
O aumento do número de micções, ter de interromper atividades para ir ao banheiro ou não conseguir segurar a urina em momentos de esforço físico. São alguns sinais de incontinência urinária que pode atingir qualquer pessoa, inclusive aqueles que são portadores de Parkinson. “O fato de ter Parkinson é uma situação de vida, pois ela já pode ter tido sintomas de incontinência antes. Portanto, o paciente com Parkinson tem grandes chances de ter incontinência, mas não significa que seja um requisito da doença”, explica Guedes.
O tratamento é igual para todos, porém o ginecologista salienta que normalmente os pacientes parkinsonianos acabam tendo problemas de incontinência por causa de disfunções físicas. “Na disfunção anatômica, ocorre um problema no deslocamento da bexiga, uma situação passível de cirurgia. No caso dos pacientes que tem Parkinson, é mais comum o quadro de disfunção física, aí o tratamento passa a ser clínico”.
Além da intervenção cirúrgica e uso de medicamentos, dependendo do tipo de incontinência, exercícios diários e sessões de fisioterapia auxiliam no tratamento. “É muito importante que o paciente faça exercícios para fortalecer o músculo da pélvis, diariamente, manhã, tarde e noite, dividindo em três séries de trinta vezes. A fisioterapia também é essencial nesse processo, tornando o tratamento mais eficaz”, destacou Guedes.
Apesar da incontinência urinária ser uma condição que pode afetar indivíduos de qualquer idade e sexo, as mulheres são mais predispostas, pois diferente dos homens que tem apenas o orifício retal, elas possuem duas falhas naturais na musculatura da pélvis: o hiato vaginal e o retal. Já nos homens a condição surge com mais frequência naqueles que possuem problemas de próstata, gerando alterações nas funções urinárias.
Por ser mais conhecida pelos tremores e movimentos realizados com dificuldades pelo portador , devido aos danos causados no sistema nervoso central, as demais complicações que podem surgir em indivíduos com Parkinson ficam quase desconhecidas. Pensando exatamente no maior conhecimento da doença pelos portadores, é que a APARS promove palestras educativas , sempre com um profissional da saúde. “A palestra foi ótima, excelente para que todos tirassem suas dúvidas e entendessem melhor sobre uma condição que muitas vezes afeta a pessoa que sofre com o Parkinson. É por isso que fazemos questão de promover esses eventos mensalmente”, afirma a Presidente da APARGS, Norimar Castanheiro.
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