Pacientes utilizam acessórios e tatuagem para alertar sobre doenças e alergias
Alergias a medicamentos e doenças, como diabetes e epilepsia, são silenciosas e não estão visíveis em momentos extremos, como em um atendimento médico de emergência. Nesses casos, utilizar um aviso que evidencie a informação pode salvar vidas. A estudante de...
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23/03/2017 08:12
Alergias a medicamentos e doenças, como diabetes e epilepsia, são silenciosas e não estão visíveis em momentos extremos, como em um atendimento médico de emergência. Nesses casos, utilizar um aviso que evidencie a informação pode salvar vidas. A estudante de Letras, Hellen Medeiros Pereira, moradora de Porto Alegre, gravou no braço esquerdo uma tatuagem sobre sua alergia ao látex – substância encontrada em luvas, balões de festas e preservativos.
Hellen nasceu com mielomeningocele, uma má formação congênita na coluna dorsal, também conhecida como espinha bífida. A escolha pela tatuagem foi pelo receio do contato com o látex, já que sua alergia à substância é severa, causando falta de ar e inchaço na pele. “Decidi fazer por que eu não tenho o aviso de que sou alérgica em nenhum documento e, se acontecer de eu passar mal na rua, ou sofrer um acidente, o normal é os socorristas usarem luvas de látex”, explica a estudante.
Devido à sua condição de saúde, Hellen já passou por mais de 20 cirurgias. A cada novo procedimento, é preciso agendá-lo com antecedência para que o hospital prepare a sala para recebê-la, substituindo o látex por outros produtos.
O cuidado com a saúde também foi pensado durante a escolha da arte estampada no braço de Hellen. A ideia inicial era desenhar uma boneca soltando balões, acompanhada da frase “alérgica ao látex”, mas o alerta precisava ficar mais visível. O profissional que fez a tatuagem explicou que, nesse caso, o desenho não poderia chamar mais atenção do que a mensagem e, durante o procedimento, utilizou luvas apropriadas para a alergia da estudante.
Médicos aprovam uso de acessórios de aviso
Para quem não quer algo definitivo, existem pulseiras e colares encontrados a preços acessíveis, em materiais como aço e silicone, nos quais constam as informações, que podem ser a lista de medicamentos, o nome da doença do usuário e até mesmo o tipo sanguíneo. Nos casos de pacientes inconscientes, a medida pode ser crucial para o atendimento médico. É o que garante o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência (Abramurgem), Fernando Sabia Tallo. “Esse tipo de aviso é fundamental para o diagnóstico diferencial nas urgências e emergências. Para o médico, saber de uma alergia de um paciente inconsciente, por exemplo, pode ser essencial para entender o que pode estar ocorrendo com a pessoa, pois a própria alergia pode ser o fator que o levou a precisar de atendimento”, explica. Segundo Tallo, os avisos auxiliam o trabalho do médico desde a triagem, assegurando um rápido atendimento e, consequentemente, a saúde do paciente.
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