A Luta
PACS: portaria não é vigilância, alerta SIMERS
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) alertou que a segurança do Pronto-Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), em Porto Alegre, precisa ser ampliada urgentemente. Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (08), a diretora Clarissa Bassin ressaltou que...
09/06/2017 08:12
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) alertou que a segurança do Pronto-Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), em Porto Alegre, precisa ser ampliada urgentemente. Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (08), a diretora Clarissa Bassin ressaltou que a vigilância privada do local não pode atuar apenas como portaria, como ocorre atualmente.O encontro reuniu representantes do SIMERS, trabalhadores do PACS, Guarda Municipal (GM) e o secretário de segurança da capital, Kleber Senisse, para discutir estratégias que garantam a segurança dos profissionais e pacientes. O diretor do SIMERS Jorge Eltz reivindicou que o efetivo da GM volte a permanecer no local, como já havia sido acordado, para inibir episódios de violência. Desde janeiro deste ano, não havia viaturas no PACS. Senisse garantiu que o serviço voltará a atender a demanda.
Na terça-feira (6/6), um homem invadiu o saguão do posto e houve troca de tiros. O indivíduo tentou roubar a arma de um vigilante terceirizado. O fato reascendeu a discussão sobre segurança no PACS e seu entorno. A região é conhecida pelos conflitos entre traficantes, o que afeta diretamente no atendimento do estabelecimento.
Para os diretores do SIMERS, para uma segurança mais efetiva é preciso contar com medidas como botão de pânico conectado diretamente com a Brigada Militar, bem como rondas mais frequentes, presença permanente da Guarda Municipal e ampliação da vigilância no perímetro onde está localizado o Postão. Também faz parte da reivindicação do Sindicato que os vigilantes não sejam mais os responsáveis pela entrega de prontuários aos pacientes.
Mudança no agendamento de consultas causa muitas horas de espera
Além do tráfico, outro fator que conflagra situações de embate é o tempo para atendimento no PACS. Segundo Eltz, a mudança no sistema de agendamento das consultas provoca muitas horas de espera e, eventualmente, causa aflição de pacientes e familiares. “Antes, havia um pré-agendamento com previsão de horário de atendimento e o paciente podia ir para casa e retornar na hora marcada. Hoje é preciso esperar no saguão por muitas horas e isso é angustiante”, afirma.Uma nova reunião para formar uma comissão de segurança permanente do PACS será realizada na próxima segunda-feira (12/6).