Painel marca início das ações do Dezembro Vermelho no Estado
Na tarde de segunda-feira (11), o Simers esteve presente no painel que deu início às atividades do Dezembro Vermelho no Rio Grande do Sul. A iniciativa foi instituída pela Lei 15.023/17, que busca conscientizar a sociedade sobre a importância de...
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12/12/2017 13:05
Na tarde de segunda-feira (11), o Simers esteve presente no painel que deu início às atividades do Dezembro Vermelho no Rio Grande do Sul. A iniciativa foi instituída pela Lei 15.023/17, que busca conscientizar a sociedade sobre a importância de ações preventivas, capazes de reduzir a incidência do HIV/aids. Realizado na Assembleia Legislativa, o encontro teve como objetivo promover o debate sobre o assunto.
Durante o evento, coordenado pelo deputado estadual Pedro Ruas (Psol), foram destacados dados preocupantes, como a liderança de Porto Alegre, entre as capitais brasileiras, na taxa de detecção do vírus. Embora a proporção tenha diminuído de 2010 para cá – antes, eram 105 pessoas infectadas para cada 100 mil habitantes, hoje, são 65 -, os números ainda são altos e merecem atenção.
A vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil, iniciou sua fala destacando que o Dezembro Vermelho é fundamental por dar visibilidade a uma doença que não é apenas de origem viral: ela também está ligada à falta de acesso e ao preconceito. “Esses fatores já foram mortais para muita gente. Nós precisamos cobrar o ente público e exigir que ofereça respostas”, enfatizou.
Prevenção como centro do debate
Os três painelistas convidados destacaram a importância de políticas públicas que permitam o diagnóstico precoce e o combate ao estigma de quem sofre com a doença. “Um a cada cinco paciente que não tiveram acesso ao diagnóstico precoce morreram em um ano”, ressaltou a representante do Fórum Movimento das Cidadãs Positivas, Sílvia Aloia.
Já Angelo Brandeli, coordenador do grupo de pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais, da Universidade Católica o Rio Grande do Sul (PUCRS), ressaltou que a explicação para a epidemia que existe no Estado não é epidemiológica, mas política. “As mortes que temos hoje poderiam ser evitadas. A aids escancara problemas sociais que muitos preferem esconder”, acrescentou.
Coordenadora da Política Municipal de Saúde Integral LGBTQI+, Simone Ávila lembrou que o Brasil já foi referência no modelo de acolhimento a pessoas com aids. “Hoje, estamos pensando em como trabalhar especificidades, mas também em um modo de fazer uma abordagem ampla, de saúde integral”, explicou.
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