Presidente do Simers destaca desafios de saúde pública em evento com prefeitos das maiores cidades do RS
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Presidente do Simers destaca desafios de saúde pública em evento com prefeitos das maiores cidades do RS

O encontro contou com a presença dos prefeitos eleitos de Porto Alegre, Caxias do Sul, Santa Maria e Pelotas, que apresentaram suas perspectivas e prioridades de governo

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31/10/2024 09:41

Nesta quarta-feira, 30, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, participou do "Tá na Mesa", evento realizado pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Durante a atividade foram discutidos com os prefeitos das maiores cidades gaúchas temas críticos de saúde e gestão pública. Entre os principais pontos abordados estiveram a defasagem na Tabela SUS e os impactos da Reforma Tributária, ambos apontados pelos prefeitos como desafios prioritários. 

Rovinski ressaltou a importância de uma ação unificada dos gestores e a necessidade de revisões na Tabela SUS para garantir atendimento de qualidade. “Os médicos precisam fazer parte dos projetos dos prefeitos das principais cidades do Estado, para garantir boas condições e valorização dos profissionais, o que assegura uma assistência de qualidade para a população”, avalia.

Tabela SUS

O prefeito reeleito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, trouxe à tona as dificuldades e avanços do município, enfatizando a necessidade de apoio estadual e federal para sustentar os serviços públicos, especialmente na área da saúde. Durante a coletiva de imprensa que precedeu o evento, Didomenico destacou a defasagem da tabela SUS, o que, segundo ele, sobrecarrega os municípios. Ele também defendeu mais investimentos para recuperar cidades afetadas pelas enchentes de maio deste ano. “Ou a União e o estado abraçam esses municípios ou não conseguiremos. Os municípios não conseguem segurar sozinhos”, declarou.

A Capital gaúcha, que é referência para 200 municípios em atendimentos de alta e média complexidade, enfrenta dificuldades financeiras para manter os serviços. O prefeito reeleito da Capital, Sebastião Melo, assim como o prefeito de Caxias do Sul, criticou a defasagem da tabela SUS, o que, segundo ele, não cobre os custos totais, levando a prefeitura a investir cerca de R$140 milhões adicionais. “A tabela do SUS não paga nada hoje em condições sustentáveis”, afirmou. 

Marcos Rovinski destacou o projeto Diálogos Simers - Eleições 2024, como forma de responsabilizar os candidatos com a pauta dos médicos e da Saúde. “Realizamos sabatinas, debates e mais de 300 minutos Simers em emissoras de rádio, para que os prefeituráveis tivessem compromisso com a pauta médica, agora vamos cobrar dos eleitos que os médicos tenham condições dignas de trabalho, além de remuneração adequada, para garantir que a população não fique desassistida”, afirma.

Melo ainda afirmou que, mesmo com os investimentos da prefeitura, a demanda triplicou e o sistema é sobrecarregado devido a longa permanência de pacientes de fora da Capital. “Se Porto Alegre é referência, ele não pode ficar quarenta dias aqui, ele tem que ser tratado e retornar para sua cidade”, afirmou Melo. Para ele, a situação fica “insustentável” sem que haja mais investimentos.

Uma semana após eleitos, os gestores tiveram oportunidade de apresentar os gargalos e planos da nova gestão. O prefeito eleito de Canoas, Airton Souza (PL), foi convidado, mas não compareceu. Ele alegou problemas familiares.

Tags: saúde de Porto Alegre Saúde pública candidatos eleições prefeituras

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