Vídeo feito pelos médicos mostra a unidade em dia de chuva
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul esteve nesta terça-feira (23) na Unidade Básica de Saúde Tronco, na Grande Cruzeiro, zona sul de Porto Alegre, e constatou uma série de problemas estruturais, além da falta de medicamentos e equipamentos. O diretor do SIMERS André Gonzáles observou a instalação elétrica defasada e com fios expostos, situação que fica ainda mais perigosa diante dos alagamentos que o posto sofre em dias de chuva. Um vídeo feito pelos médicos do local comprova que chove dentro das salas de atendimento. Da última vez, foram os próprios pacientes que ajudaram a limpar o espaço para que as consultas pudessem ser realizadas. Este não é o único problema com a infraestrutura: o pré-atendimento é feito no corredor, as salas não garantem privacidade e o banheiro dos funcionários fica dentro de um dos consultórios e tem um vão na parte superior. Dos cinco aparelhos de ar-condicionado instalados em dezembro passado na UBS, apenas dois seguem em funcionamento. A sala da ginecologia não tem climatização. Lá, também não funcionam os aparelhos de colposcópio e sonar – este utilizado em pré-natal. Com isso, as grávidas da região precisam se deslocar até o Hospital Fêmina para fazer o acompanhamento. Já as ecografias podem demorar até sete meses para serem agendadas, ou seja, muitos bebês nascem antes da realização do exame. Há falta ainda de medicamentos e vacinas do calendário básico de vacinação, e os funcionários relatam que também é comum faltar materiais básicos a uma unidade de média-complexidade. Diversas vezes, eles levaram luvas e álcool de casa. Também se queixam da constante queda de luz, que dificulta inclusive o preenchimento dos prontuários nos e-SUS, e do mato alto em volta do posto, que atrai ratos e insetos, embora o local, internamente, tenha passado por desinsetização. A violência também é um problema que assusta quem trabalha e quem consulta na UBS, que fica em região de conflito do tráfico. Apesar das ameaças frequentes, o posto não conta com segurança nem botão de pânico. Diante de toda essa situação, o SIMERS buscará a Coordenação Básica de Saúde da capital e exigirá as providências necessárias para garantir o atendimento pleno e com segurança, tanto para funcionários, como para pacientes. [aesop_gallery id="17426"]O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.