Recursos para a saúde em 2017 são reduzidos enquanto gastos com publicidade do governo federal crescem 65%
O reajuste para a saúde previsto para 2017 está abaixo da inflação, mas a publicidade do governo federal cresceu 65% no primeiro semestre de 2016. Um levantamento do site Contas Abertas mostra que as despesas subiram de R$ 234,1 milhões,...
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16/09/2016 13:46
O reajuste para a saúde previsto para 2017 está abaixo da inflação, mas a publicidade do governo federal cresceu 65% no primeiro semestre de 2016. Um levantamento do site Contas Abertas mostra que as despesas subiram de R$ 234,1 milhões, no ano passado, para R$ 386,5 milhões, em 2016. O montante inclui publicidade pública, institucional, legal e mercadológica. A maior parte do desembolso foi realizada um mês antes de Dilma Rousseff ser afastada do Palácio do Planalto pelo Senado, em maio, e no mês posterior à posse do presidente, então em exercício, Michel Temer.
Ainda que seja importante destinar valores para campanhas institucionais e de orientação à população, o montante gasto pelo governo cresceu expressivamente em relação a períodos anteriores, especialmente em um cenário que prevê redução na verba da saúde para o ano que vem. O investimento federal em saúde deverá diminuir novamente em 2017.
Conforme estimado na proposta de orçamento para o próximo ano, o governo prevê inflação de 7,2% neste ano, e o documento propõe reajuste abaixo disso, de 6,9%. O valor destinado à saúde deverá passar dos R$ 112 bilhões previstos em 2016 para R$ 120 bilhões. Apesar do aumento em termos absolutos, essa projeção levaria a um corte de recursos e consequente agravamento na situação do Sistema Único de Saúde, que vive uma crise sem precedentes.
Com informações do jornal Estado de SP
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