Redimensionamento do Hospital Centenário exige atenção da população de São Leopoldo
A partir de fevereiro, o Hospital Centenário passará por um redimensionamento de serviços e processos como forma de compatibilizar suas receitas e gastos. A informação foi confirmada ao Simers pela própria administração do hospital, em reunião realizada na última quinta-feira...
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29/01/2018 15:28
A partir de fevereiro, o Hospital Centenário passará por um redimensionamento de serviços e processos como forma de compatibilizar suas receitas e gastos. A informação foi confirmada ao Simers pela própria administração do hospital, em reunião realizada na última quinta-feira (25/jan).
As mudanças começarão pelo setor de emergência e deverão ser conduzidas em parceria com organizações que contam com histórico científico reconhecido – tais como as universidades Feevale e Unisinos.
A diretora do Simers Clarissa Bassin, que esteve na reunião, entende que a administração do Centenário tem um grande desafio pela frente. Mais do que sanar a operação, é necessário corrigir problemas crônicos. “Eu espero que essa estratégia funcione. Só que a gestão terá que corrigir um passivo de mais de 20 anos, inclusive de gestões que foram desastrosas com o Centenário. Terá que fazer concurso público, recompor o número de médicos, enfermeiros e melhorar a estrutura”, explica.
Clarissa vê com cautela a decisão de redimensionar algumas áreas do hospital, a começar pela emergência. Segundo ela, a medida pode ter repercussões negativas para a população de São Leopoldo. “Restringir acesso sem ter uma rede organizada vai trazer problemas para os pacientes e médicos. São vários nós que a prefeitura terá de desatar”, salienta.
Um desses nós é o número de médicos clínicos – que se tornou pequeno demais para um hospital com o porte do Centenário. Além disso, faltam cirurgiões e a ala de neurologia está com os atendimentos restritos a pacientes de São Leopoldo. O Simers já denunciou os problemas ao Ministério Público e segue monitorando-os.
Promessa de quitar o 13º atrasado
A administração do Centenário afirmou, ainda, que está revendo todos os contratos ativos da instituição. E prometeu quitar o 13º salário atrasado nos próximos dias – dependendo do cronograma de pagamentos que será passado pela Secretaria da Fazenda. Além disso, alegou que vai se esforçar para que, a partir de agora, os salários sejam pagos integralmente no mês de vencimento.
A direção também foi questionada pelo Simers em relação ao passivo mantido com as empresas prestadoras de serviços médicos. Sobre isso, alegou que aguarda a virada do ano fiscal para poder negociar com a Secretaria da Fazenda um cronograma de quitação desses atrasados.
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