Reunião do Simers com a Prefeitura não tem avanços

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) voltou a se reunir com o governo municipal de Porto Alegre no final da tarde desta quarta-feira, 27, para tratar do realinhamento salarial dos médicos municipários, Plano de Carreira e outras demandas. A entidade foi surpreendida negativamente pelo retrocesso nas negociações. O Executivo só sinalizou com o convite para que os dirigentes do Sindicato façam parte do grupo que elaborará o Plano de Carreira, Cargos e Salários dos médicos municipários de Porto Alegre que, uma vez aprovado pelo prefeito, irá ser encaminhado ao Legislativo. Houve um retrocesso, uma vez que no encontro anterior, foi dito que o Plano estava em fase de análise da Procuradoria Geral do Município (PGM).

O encontro contou com a presença do presidente do Simers, Marcos Rovinski, do vice-presidente, Marcelo Matias, e da diretora da Região Metropolitana, Alessandra Felicetti, por parte do Sindicato. Pela Prefeitura estiveram o secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa, pelo secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, Richard dos Santos Dias, e pelo diretor de Articulação Institucional da Governança, Djedah Lisboa. Barbosa disse que o trabalho do grupo técnico (GT) seguirá um cronograma, com o objetivo de encaminhar a proposta para votação na Câmara Municipal de Porto Alegre já no começo do segundo semestre deste ano.

“O Sindicato já tem um texto elaborado e vamos ter a satisfação em participar da construção do Plano de Carreira, para garantir melhorias nos vencimentos dos profissionais, funcionando tanto como um atrativo para que novos médicos façam parte do quadro de municipários, quanto para incentivar a permanência dos atuais”, afirma Rovinski.

O vice-presidente da entidade médica enfatizou ao secretário da Administração que desde maio de 2021 o Sindicato se reúne uma a duas vezes por mês com o prefeito e secretários para tratar da questão salarial, já tendo apresentado a sua proposta e o processo é lento e inconclusivo. “Os médicos municipários está desde 2016 sem receber aumento salarial ou reposição da inflação no período. Está situação é insustentável. Assim como o prefeito diz que a cidade tem pressa, afirmo que os médicos também têm pressa em uma solução”, sustentou Marcelo Matias.

Durante o encontro, o secretário afirmou que já está sendo discutido o pagamento de 40% de insalubridade aos médicos que atuam na linha de frente da assistência. Além disso, manteve a proposta referente à proporcionalidade do valor hora trabalhado (saiba mais aqui). Na oportunidade, o Simers também pleiteou o pagamento das horas extras aos médicos, assim como o cumprimento do banco de horas.