A situação do Complexo Hospitalar Santa Casa de Rio Grande e a possibilidade de fechamento do Hospital Psiquiátrico da instituição são umas das maiores preocupações do Simers atualmente no Interior. O complexo – formado pelo Hospital Geral, Hospital de Cardio-Oncologia e Hospital Psiquiátrico – totaliza mais de 700 leitos e é referência de diversas especialidades para mais de 25 cidades do Estado. A dívida estimada em cerca de R$ 300 milhões preocupa o Simers, assim como as próximas ações para enfrentamento desse cenário.
Dentro desse contexto, tem grande importância a situação do Hospital Psiquiátrico, com 130 leitos, referência para pacientes de Rio Grande, região e dezenas de cidades gaúchas. O fechamento da unidade, cogitado pela administração da Santa Casa e pelas empresas candidatas a assumirem parcial ou totalmente os serviços do Complexo Hospitalar, significaria intensificar o caos na assistência psiquiátrica pública do Estado, com especial dano ao atendimento de dependentes químicos, uma epidemia no país. O Simers manifestou sua contrariedade com a possibilidade de fechamento da unidade de saúde e com o risco real de desassistência. Nesse sentido, o sindicato encaminhou notificação ao Ministério Público Federal (MPF) dando ciência à gravidade da situação.
O Diretor de Interior do Simers, Fernando Uberti Machado, que participou de várias reuniões na última semana de junho com lideranças da área de saúde em Rio Grande, afirma que a continuidade do funcionamento do Hospital Psiquiátrico é possível, desde que ele receba melhorias de infraestrutura e um projeto efetivo de sustentabilidade financeira. Uberti destacou que existe uma nova legislação que dá boa perspectiva no cenário econômico, com reajuste substancial de repasses e incentivos, e que o sindicato pretende liderar uma grande frente de articulação envolvendo a Associações Brasileira e Gaúcha de Psiquiatria (ABP e APRS), Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado (MP-RS), além de lideranças estaduais e federais da área de saúde mental, com o objetivo de manter o hospital aberto e qualificá-lo.
O diretor do Simers concedeu entrevistas para veículos de imprensa de Rio Grande chamando a atenção para o risco de desassistência à população. “Atualmente há um grande descompasso entre a demanda e a oferta de leitos psiquiátricos no Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, a intenção de fechar leitos sem uma avaliação aprofundada já seria inadequada. Nós vamos atuar fortemente para manter o HP aberto e melhorar as suas condições, para prestar uma assistência ainda mais qualificada à população gaúcha”, ressaltou Uberti.
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