RS é o Estado com maior incidência por câncer de pele do país

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o Rio Grande do Sul está acima da média nacional no número de cânceres malignos de pele – melanoma. Em 2014 a média de casos foi de cerca de 7 para cada 100 mil habitantes. A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o surgimento de canceres de pele tipo melanoma, que se descoberto em fase tardia pode ser fatal. No entanto, além da exposição solar, os cabelos e olhos claros, sardas, história prévia de câncer de pele na família, pintas escuras pelo corpo, são fatores de alerta. A alta incidência de casos no estado também pode ser explicada pelo fato de mais de 80% da população possuir pele clara. “Os números são alarmantes no RS porque a população daqui é de origem europeia, possuem a pele clara, além da posição solar na questão da radiação. Por isso é importante que o diagnóstico não seja tardio, porque o câncer de pele é tratável e curável na maioria dos casos,” destaca Gustavo Gonçalves Costa Pinto Correa, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS. Há dois anos, o empresário Carlos Roberto Rodrigues Silva, de 70 anos, levou um susto ao descobrir que estava com câncer de pele. “Apareceu um pontinho vermelho com uma casquinha no meu antebraço. Mexi e começou a sangrar. Se passou um mês e percebi que não curava. Ao procurar um dermatologista ele pediu uma biopsia onde o resultado foi positivo. Hoje visito o dermatologista regularmente e faço exames periódicos. Acredito que meu câncer foi de todo o sol que tomei durante a vida de forma errada, com produtos não confiáveis e em horários errados.” O câncer de pele é dividido em dois principais tipos. O mais agressivo e letal é o melanoma. Ele surge, geralmente, a partir de uma pinta escura. É considerado o tipo de câncer mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase. O melanoma é o que rende mais preocupação porque tem mais chances de provocar metástase. Ele é responsável por apenas 5% dos casos de câncer de pele, mas corresponde por 46% das mortes. Já os não melanomas, é o câncer mais frequente no Brasil. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Entre os tumores de pele é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. “É muito importante o paciente saber o seu histórico familiar, não se expor ao sol entre 10h e 16h e não deixar de usar o protetor solar durante o ano inteiro e também em dias nublados e com vento, pois esses são os dias que causam piores queimaduras”, ressalta Gustavo.