Santa Casa de Uruguaiana apresenta situação financeira a médicos e ao Simers

Reunidos em assembleia na quarta-feira (2), os médicos que atuam na Santa Casa de Uruguaiana seguirão atendendo na instituição, mesmo com seis meses de remunerações em atraso – quatro folhas de pagamento mais férias e 13º salário. A decisão foi tomada após os profissionais e o Simers ouvirem a explanação do administrador da instituição de saúde, Fernando Siqueira, sobre a situação financeira do hospital. Os mais de 40 médicos que atuam na Santa Casa são responsáveis por 25% da folha de pagamento e não descartam tomar medidas judiciais para garantir o pagamento dos valores em atraso. Em reunião com os profissionais, antes da assembleia, o novo administrador da Santa Casa, Fernando Siqueira, que ingressou neste ano no cargo, afirmou que o déficit mensal da instituição gira em torno de R$ 1 milhão, sendo R$ 600 mil de custos operacionais. Disse que uma das alternativas para diminuir o rombo é renegociar um contrato de empréstimo com a Caixa Federal tomado no ano passado, no valor de R$ 44 milhões. Segundo ele, a intenção é diminuir o valor das parcelas e ainda obter um montante adicional para quitar parte dos atrasados. Porém, como a negociação deverá levar pelo menos mais dois meses, pediu a compreensão da categoria para que os serviços não fossem suspensos. “Também existe a possibilidade de que a instituição também seja hospital-escola a partir de 2019, o que daria um significativo aporte de recursos a cada ano”, afirmou. A diretora do Simers, Gisele Lobato, que acompanhou a reunião, reforçou que a intenção dos médicos não é de paralisar as atividades. “Estamos dando um voto de confiança para a nova administração, mas queremos que seja buscada uma solução para a questão das remunerações em atraso”, afirmou.