O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) conquistou importantes avanços na rediscussão da categoria médica em Santa Maria. Após duas reuniões nesta terça-feira (21), ficou acertada que haverá uma mesa de negociações com a prefeitura para a repactuação do exercício médico no município. A primeira rodada deverá ocorrer nos próximos dias.
O primeiro encontro do dia ocorreu na sede do Ministério Público. A vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil, e o representante do Sindicato Médico de Santa Maria (Sindomed), João Carlos Veronese, reuniram-se com o promotor Fernando Barros para discutir a situação dos médicos na cidade. Maria Rita explanou que em Santa Maria, a organização das tarefas e a jornada médica são reguladas por pactuações que remontam há vários anos e precisam ser revistas. “Não queremos mais exonerações. Queremos que os médicos possam trabalhar, assistindo adequadamente a população, e o Ministério Público sempre foi um bom mediador para essas questões”, afirmou.
O promotor destacou que o MP tem interesse na questão envolvendo os médicos e declarou que vai cobrar o cumprimento do horário pelos profissionais, que considera essencial para o bom atendimento ao público. Reconheceu também que é preciso tornar os concursos mais atraentes na cidade e que a administração pública deve tomar as soluções necessárias, dentro do que preconiza a lei. “Desejo que a saúde seja bem atendida na cidade e vou cobrar do município a fiscalização sobre o cumprimento do horário. Caso o Executivo tome alguma atitude incorreta, vamos tomar providências”, salientou. Barros ainda acenou com a possibilidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para um período de transição até a implantação de uma medida definitiva.
Após a reunião no MP, a vice-presidente do SIMERS teve encontro com a secretária municipal de Saúde, Vânia Olivo. Maria Rita fez um relato da reunião no MP e reforçou a necessidade de uma repactuação para a área da saúde. “O Ministério Público reconheceu que pode haver uma transição, mas quer uma solução definitiva para a situação dos médicos”, disse. A secretária afirmou que a prefeitura não tem recursos para aumentar o salário dos médicos, mas estuda possibilidades de melhorar a situação. Também disse que é possível prorrogar o início do ponto eletrônico – marcado inicialmente para 1º de julho – e reforçou que a redução da carga horária é necessária para readequar o salário dos médicos à realidade do mercado. No final do encontro, a gestora decidiu iniciar a mesa de negociações entre médicos, prefeitura e sindicatos, a fim de discutir a repactuação do exercício da profissão na cidade.
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