Nesta segunda-feira, 20, a direção do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul esteve reunida com os gestores do Hospital Centenário, em São Leopoldo. Durante o encontro os gestores da casa de saúde afirmaram que está sendo elaborado um diagnóstico com os principais problemas e dívidas com fornecedores e prestadores de serviços do hospital. Conforme os representantes do hospital, as dívidas da casa de saúde podem chegar aos R$ 30 milhões.
Liderando a comitiva do Simers, a diretora Débora Espírito Santo, revelou que a situação encontrada no Hospital Centenário é a mesma de outros hospitais pelo Rio Grande do Sul, que enfrentam além das terceirizações e quarteirizações, a troca de gestão no comando do município. “Nos mais diversos hospitais e unidades de saúde que temos visitado, em cidades onde não houve reeleição do prefeito, temos encontrado um cenário de total descaso com a saúde pública da população e com os vencimentos dos médicos e demais profissionais da área. Contamos com o comprometimento dos novos gestores para solucionar os atrasos nas remunerações dos médicos”, afirma.
Durante a reunião, o presidente da Fundação Hospital Centenário, Ricardo Silveira, prometeu a publicidade do diagnóstico com os principais problemas estruturais e dívidas com fornecedores e prestadores de serviços para o dia 30 de janeiro. Além da publicização do relatório, o novo gestor da casa de saúde também espera já apresentar na ocasião, as primeiras medidas para solucionar os atrasos nas remunerações dos médicos. Conforme o relato, Silveira se comprometeu a quitar os passivos trabalhistas mais antigos. “Em 20 anos trabalhando na área da saúde, nunca havia visto nada igual como a situação que encontrei quando assumi a gestão do hospital”, detalha.
O Hospital Centenário é referência para 18 municípios dos vales do Sinos, Caí e Região Metropolitana. Atualmente conta com 52 médicos no quadro de servidores de carreira do município e a direção da casa de saúde afirma que possui aproximadamente R$ 30 milhões em dívidas com fornecedores e prestadores de serviços. Durante a visita foi possível constatar estrutura precária de trabalho e que os médicos PJ estão com três ou quatro meses de atraso em suas remunerações.
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