Sarampo está eliminado do Brasil
A Luta

Sarampo está eliminado do Brasil

O Brasil foi considerado um país livre do sarampo após a circulação do vírus se tornar ausente há um ano. Em Nota, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou a região das Américas como zona livre de sarampo, a primeira...

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05/06/2017 14:00

Foto: Wikimedia Commons
Ainda existem países onde o vírus permanece presente Foto: Wikimedia Commons

O Brasil foi considerado um país livre do sarampo após a circulação do vírus se tornar ausente há um ano. Em Nota, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou a região das Américas como zona livre de sarampo, a primeira em todo o mundo, ao fim de uma batalha que se estendeu por 22 anos.

No entanto, ainda existem países onde o vírus permanece presente, o que tem gerado preocupação entre os médicos. A Europa está passando neste momento por um surto de sarampo. Ao todo, já foram 7.847 casos confirmados e 25 mortes, período que compreende entre janeiro de 2016 e 01 de maio de 2017. Ao todo, são 32 países atingidos pelo sarampo, como a Romênia (3.181 casos confirmados) e a Itália (1.549 casos confirmados).

Na Região das Américas, em 2017, foram confirmados 82 casos nos Estados Unidos e Canadá, além de 02 recentes confirmados em Tucumán, na Argentina. Todos considerado importados (não contraído no território).

Frente a esta realidade de aproximação do território brasileiro, se torna imprescindível que medidas sejam tomadas para que a contaminação não se alastre. Uma das explicações para o surto no continente europeu está no movimento antivacinal, gerado depois da publicação de um artigo na revista britânica The Lancet. Em 1998, o médico Andrew Wakefield assinou uma pesquisa que relacionava a imunização oferecida pela Tríplice Viral a casos de autismo. Doze anos depois, o médico teve a licença médica cassada, uma vez que a relação apontada por ele não foi comprovada.

A responsável técnica pelo Núcleo de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Estadual da Saúde, Juliana Patzer, ressalta que no Rio Grande do Sul o último caso notificado foi em 1999. “A questão é vacinar e aqui no Estado temos boa cobertura. Esses grupos contrários às imunizações é pequeno no Brasil, não causa reflexo. Se não há alta cobertura vacinal, a doença retorna”, conclui Juliana.

O diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul Germano Bonow ressalta a importância da notificação assim que detectado o vírus por se tratar de uma doença grave. “É uma doença infectocontagiosa e transmitida por secreções das vias respiratórias como, por exemplo, em espirros ou tosse. Por isso a necessidade da atenção redobrada, principalmente neste período em que resfriados são comuns nas pessoas”, explica o diretor.

Vacinas

A rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a vacina Tríplice Viral (sarampo, rubéola, caxumba). A 1ª dose deve ser aplicada aos 12 meses, e a 2ª dose aos 15 meses (sarampo, rubéola, caxumba, varicela).  Os sintomas do Sarampo incluem manchas avermelhadas que começam no rosto e se alastram para o resto do corpo, febre, tosse, conjuntivite, mal-estar e perda do apetite.

Tags: Organização Pan-Americana da Saúde doença infectocontagiosa vacina Tríplice Viral sarampo

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