A superlotação da emergência psiquiátrica do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), em Porto Alegre, motivou visita técnica do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), na tarde de quinta-feira, 11. Na oportunidade, o diretor-geral do Simers e Coordenador do Núcleo de Psiquiatria da entidade médica, Fernando Uberti, conversou com os dois psiquiatras plantonistas do turno e constatou o esforço dos profissionais para atender 33 pacientes internados ou em observação — no dia anterior chegou-se ao número de 40, quando a capacidade do local é de apenas 14 leitos. Além disso, o fato de uma idosa residir na unidade há um ano chamou a atenção do Simers.
“Infelizmente, o que vimos, mais uma vez, é resultado da disfuncionalidade estrutural da rede de assistência em saúde mental. O resultado são pessoas pelo chão e corredores, e dificuldades para um atendimento de qualidade”, afirma Uberti.
Durante a visita, o Simers também ouviu os relatos dos médicos sobre problemas no encaminhamento dos pacientes para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), sendo que a espera por atendimento pode levar cerca de um ano para pacientes adultos e de, no mínimo, seis meses para crianças e adolescentes.
De acordo com Uberti, é fundamental retomar o diálogo com os gestores e saber o que está sendo feito para sanar a carência de leitos psiquiátricos, bem como para qualificar a rede. “Desejamos criar um fórum ou mesa de negociação com a presença da Prefeitura, Simers, e representantes dos médicos que vivenciam esta realidade, tanto aqui no PACS como em outras unidades, para debater e definir estratégias que possam reduzir a superlotação em unidades psiquiátricas", ressalta o diretor-gerral do Sindicato Médico.
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