Foram dois meses de negociação até chegar a decisão de paralisar as atividades. Em pauta estava o reajuste do salário dos médicos retroativo à data-base da categoria. Mas o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (SindiHospa) apresentou uma proposta...
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07/11/2016 13:02
Foram dois meses de negociação até chegar a decisão de paralisar as atividades. Em pauta estava o reajuste do salário dos médicos retroativo à data-base da categoria. Mas o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (SindiHospa) apresentou uma proposta insignificante e ofensiva aos médicos por oferecer reposição de apenas 5%, sendo esta a metade da inflação acumulada em 2016. O SIMERS salienta que os médicos não abrirão mão das perdas (9,91% do INPC) mais os 5% de ganho real. Os profissionais da saúde precisam garantir a dignidade.
ENTENDA O CASO DA PERDA SALARIAL
A reposição salarial é anual. Tendo transcorrido um ano, e já admitido que a perda foi de mais de 9% (período de agosto de 2015 a julho de 2016), a patronal quer repor apenas 5% sem retroatividade. O SIMERS explica que a resistência dos médicos é para evitar que a perda salarial já ocorrida, se reproduza nos próximos anos e amplifique ainda mais o prejuízo.
Segundo o presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, o mínimo que se poderia esperar é a reposição da inflação. “Estamos tendo uma perda real de salário indefinida. Ou seja, para sempre. Estão nos tirando os 4,5% da reposição salarial, e já nos comunicaram que no ano que vem eles não vão discutir estes 4,5, e sim a inflação de 2017. Então esses 4,5 de salário estão perdidos pelo resto da vida. Toda a vez que reajustar ele vai estar com esta perda, porque ficou acumulado”, ressaltou o presidente.
Os serviços de urgência e emergência serão mantidos. Os médicos vão respeitar a Lei da Greve que impõe que 30% dos profissionais fiquem à disposição da comunidade.
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