As férias acabaram e é hora de retomar a rotina escolar. Mas, depois de passar tanto tempo em casa, muitas crianças e adolescentes podem ter dificuldade em se desligar dos aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets, computadores e videogames. Pensando nisso, os Núcleos de Psiquiatria e de Pediatria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) fazem um alerta sobre os perigos do uso excessivo das telas. São prejuízos para a saúde física e mental dos jovens, desde problemas de visão até a ansiedade e depressão.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Pediatria do Simers, Daniel Wolff, ficar muito tempo em frente aos dispositivos eletrônicos pode resultar em olhos secos, agravamento de miopia e hipermetropia, além de dores de cabeça, pescoço e coluna, causadas pela postura inadequada e pela tensão muscular. “Assim como nos adultos, o excesso de telas leva à distúrbios como insônia durante a noite e sonolência durante o dia, sem falar em obesidade, sedentarismo e doenças cardiovasculares, decorrentes da falta de atividade física”, ressalta o pediatra.
Já a diretora do Simers e integrante do Núcleo de Psiquiatria, Gabriela Schuster, afirma que deixar os filhos muito tempo em frente às telas podem provocar a dependência tecnológica, o que leva ao isolamento social e à baixa autoestima, incluindo os perigos da exposição a conteúdos impróprios e pela comparação com padrões irreais.
Ela dá um recado aos pais e responsáveis sobre a necessidade de estabelecer limites e regras para o uso dos eletrônicos. “O equilíbrio entre o mundo virtual e o real é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes. Por isso, aproveite a volta às aulas para promover hábitos mais saudáveis e conscientes para toda a família”, diz a psiquiatra.
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