Após o relato de
problemas de infraestrutura e falta de pessoal no Hospital de Pronto Socorro (HPS), feito pelos médicos municipários de Porto Alegre que atuam no local, o Simers reuniu-se com a direção na manhã desta sexta-feira (22).
A principal demanda dos profissionais é a insuficiência de médicos para dar conta da demanda e o fechamento da enfermaria de traumatologia. Os problemas levados pela diretora do Simers Clarissa Bassin foram respondidos pelo diretor-geral, Amarílio Vieira de Macedo e a diretora técnica do HPS, Roberta Dalcin.
Intenção de integrar médicos ao grupo
No caso da falta de médicos, os representantes do HPS afirmaram que a lentidão da reposição de especialistas que se aposentaram é um entrave burocrático da administração pública e que prejudica o estabelecimento da escala. “Na sala amarela, que é objeto de uma das queixas dos médicos, hoje temos 18 médicos na assistência, sendo que dois estão afastados. Na prática, temos 16”, revelou Roberta, que concorda que o número é insuficiente.
Uma solução apontada pelo Simers é a migração dos médicos municipalizados – outra luta importante da entidade. Macedo demonstrou interesse em captar especialistas deste grupo para o HPS. Da mesma forma, Clarissa indicou que os residentes de cirurgia geral do Hospital Beneficência Portuguesa, que passa por grave crise financeira, têm interesse na transferência para outras instituições.
Fechamento de enfermaria
Sobre o fechamento da enfermaria de traumatologia, Roberta explicou que a sala era antiga e não possuía sequer tubulação para gases, como oxigênio, e o banheiro não oferecia acessibilidade aos pacientes. Contudo, eles estão sendo migrados para outras alas. A reforma do espaço já conta com planta aprovada e está sendo planejada.
Emergência referenciada
Segundo a diretora técnica, a emergência do hospital segue sendo referenciada para casos de trauma, mas não há intenção de desconsiderar a presença de outras especialidades. “Temos a necessidade de contar com clínicos e especialistas de outras áreas, como cardiologia e gastroenterologista, para o atendimento de outros fatores associados ao trauma, mas não como porta aberta”, referiu-se.
Roberta afirmou ainda que dois clínicos gerais foram incorporados ao quadro de médicos recentemente.