Este 20 de maio de 2022 marca os 91 anos do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), período de organização da categoria e lutas em defesa dos médicos e da medicina. Mais que felicitações, é oportuno ressaltar que em mais nove anos comemoramos a data histórica dos 100 anos de lutas, conquistas e desafios para um momento que deveremos ter cerca de um milhão de profissionais médicos em todo o Brasil.
“A demografia médica aponta que o Brasil tem hoje mais do que o dobro de médicos que tinha no início do século. Em 2000, eram 230.110 médicos. Hoje, eles somam mais de 500 mil profissionais. Nesse período, a relação de médico por mil habitantes também aumentou significativamente, na média nacional. Passou de 1,41 para 2,4”, destaca o presidente do Simers, Marcos Rovinski. O dirigente projeta, com base nos dados do Ministério da Saúde, que as mulheres devem ser maioria em uma idade média que não deve passar dos 45 anos, no ano do centenário da entidade.
Esses 91 anos são marcados agora pelas bandeiras dos Compromissos pela Saúde que pedem carreira médica, fortalecimento do SUS, das relações de trabalho com entes públicos e privados, avaliação criteriosa das escolas de medicina, cuidados com a assistência psiquiátrica, combate a desassistência na área materno-infantil e respeito ao ato médico. “São aspectos fundamentais que vamos lutar e muito nesses próximos anos, até o nosso centenário”, enfatizou Rovinski.
Para a diretora Bruna Favero, formada em 2020, a quantidade de médicos é importante para o nosso País de dimensões continentais. Mas, adverte, que é preciso investir na saúde, para que o médico tenha boas condições de trabalho e seja reconhecida sua importância. “Hoje estão faltando medicamentos básicos em hospitais importantes da Região Metropolitana”, destaca Bruna Favero. “O que me move, é a nossa luta do Simers para mudar esta realidade”, projetou.
Já o presidente do Núcleo Acadêmico do Simers (NAS), Gustavo Pizutti, que será diplomado médico no final do ano, a medicina deve ser mais intensa na prevenção e aposta no desenvolvimento de novas tecnologias que curem as doenças com maior eficácia. “As pessoas podem ter peso legal, menos infartos e AVCs, menos diabetes”, afirmou a partir de novos suportes. Evolução que, segundo ele, vem para agregar, mas jamais para substituir a atuação do médico que tem, na sua essência, a vocação de cuidar do paciente, com total dedicação, ontem, hoje e sempre.
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