As falhas na triagem para a classificação de risco dos pacientes no Hospital Humaniza, em Porto Alegre, foram constatadas em visita técnica realizada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), na tarde desta quarta-feira, 24. Na oportunidade, a diretora do Simers, Anice Metzdorf, conversou com os médicos que atuam na Emergência, bem como com o diretor técnico, Gustavo Bielinski, e o diretor médico do Hapvida e a NotreDame Intermédica — empresas que fazem a gestão da instituição voltada aos pacientes do Centro Clínico Gaúcho (CCG), Cássio Barbosa.
De acordo com a diretora do Simers, o acolhimento hospitalar tem sido feito de forma precária, sem os métodos tradicionais, como o já conhecido Protocolo de Manchester, que utiliza cores para determinar a necessidade de um atendimento mais urgente. A explicação apresentada pelos gestores é de que o sistema implementado busca reduzir o tempo de permanência dos pacientes da operadora em até 15 minutos.
“As informações vitais são anotadas de caneta em um pedaço de papel, entregues pelos próprios pacientes ao médico. E este ainda tem que aferir tais dados novamente, pois recebem um kit com os aparelhos para medir pressão e a oxigenação do sangue. O que vemos é uma precariedade na assistência, que expõe o médico e tira a autonomia da Enfermagem, responsável pela avaliação inicial de quem chega na Emergência”, afirma Anice.
Durante a conversa com os gestores, o Simers pediu que os problemas no fluxo dos pacientes sejam levados à alta direção. “No lugar da agilidade, temos retrabalho e o aumento no tempo de espera pela consulta. Sem falar no risco aos usuários do plano”, alerta a diretora sindical.
Na semana passada, o Simers esteve no Humaniza, quando também identificou falhas na dispensação de medicamentos, no sistema operacional, marcação e pagamento de procedimentos e de Tecnologia da Informação (TI).
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