Os diretores do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Carlos Cerezer e Daniel Wolff, representaram a entidade médica nesta terça-feira, 3, na reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMAM), que teve como tema a crise no atendimento das emergências pediátricas, em Porto Alegre. Conforme Daniel Wolff, o Simers está realizando a campanha S.O.S - Emergência Pediátrica alertando para a grave crise de superlotação e consequente carência de atendimento na capital.
“Vagas para crianças foram fechadas durante a pandemia e agora é preciso suprir a alta demanda com a maior incidência das doenças respiratórias”, argumentou Daniel, que é pediatra, em sua manifestação. De acordo com ele, é preciso dar boas condições de trabalho para manter os profissionais em seus locais de trabalho, fortalecendo ainda os vínculos na atenção básica e, por consequência, diminuindo a pressão nas emergências, explicou.
O tema da reunião foi sugerido pela vereadora Cláudia Araújo, que manifestou preocupação com a proximidade do inverno, a superlotação e o fechamento de várias emergências na capital. Em 2019, tínhamos 519 leitos pediátricos e hoje a oferta caiu para 386 vagas devido, principalmente, ao fechamento do hospital materno infantil da PUC.
Medidas estão sendo implementadas para combater esta crise com o aumento de leitos pediátricos no Hospital Presidente Vargas, na Restinga e abertura de atendimento no hospital Vila Nova, na zona sul, com 30 novos leitos de enfermaria e 5 de observação.
Para o diretor do Simers, Carlos Cerezer, os hospitais têm uma dívida social e devem manter o atendimento pediátrico mesmo com dificuldades de viabilidade econômica. Os vereadores aprovaram agenda com os planos de saúde para debater as dificuldades de internação, mesmo para quem tem cobertura diferenciada e não depende do SUS. Também foi previsto ouvir as empresas terceirizadas da saúde, principalmente no Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul e a situação de oferta de atendimento do IPE Saúde.
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