Nesta terça-feira, 11, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, representou a entidade na Reunião Ordinária da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre (CMPA). O encontro, proposto pela vereadora Cláudia Araújo, teve como pauta a atual situação do Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), após a crise financeira enfrentada em 2023. Também estiveram presentes, representando o IC-FUC, os diretores Gustavo Glotz e Leandro Gomes dos Santos; o procurador de fundações do Ministério Público (MP), Ruben Abruzzi, e o secretário de Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter.
Apesar dos dados otimistas expostos no encontro, Marcelo Matias questionou as condições disponibilizadas para o exercício da Medicina em áreas de alta complexidade como o da Cardiologia e Hemodinâmica. “É preciso que se tenham bons materiais para que o médico exerça sua profissão da melhor forma possível”, disse. Também foi questionado a remuneração, as dificuldades enfrentadas pela classe, o número de médicos demitidos no período de recuperação e o de contratados. “Precisamos ter uma ideia de como tem se dado esta relação do IC-FUC com a categoria médica. Até porque tenho a convicção de que, com a abertura de novas alas, serão contratados novos profissionais”, constatou.
Matias também questionou o futuro do IC-FUC, o valor da dívida com os médicos e finalizou seu discurso ressaltando a falta de atenção do governo do Estado. “Deixo aqui o questionamento: O nosso Estado está cumprindo sua função com o atendimento em saúde para a sua população?”, disse.
Recuperação judicial
No encontro, foi apresentado aos presentes um vídeo com dados atualizados do IC-FUC, revelando que, apesar das dificuldades enfrentadas, o instituto obteve êxito na recuperação judicial. “Estamos retomando graças ao aumento da receita, redução dos custos e de funcionários e a ampliações dos atendimentos”, disse Glotz, que pontuou que o ano de 2023 fechou com déficit de R$ 97 milhões, enquanto em 2024 o défict reduziu para R$ 24 milhões.
Como resultado, ficou acordado que o Simers fará um documento, destinado à Cosmam, com algumas perguntas ao IC-FUC. “Uma vez entregue este material, a Comissão solicita um pedido de informação ao Instituto com os nossos questionamentos”, reforça o dirigente do Sindicato. O presidente Matias acrescenta que o Simers seguirá trabalhando pela população e pelos médicos. “O sucesso do Instituto é o sucesso da categoria médica”, conclui Matias.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.