O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) vem a público manifestar, de forma clara, oposição à formatação atual do Programa Mais Médicos divulgada pela nova Gestão Federal do Brasil, pelo Ministério da Saúde. Para a entidade médica trata-se de mais um programa paliativo e superficial, que tem no papel: ampliar e pulverizar médicos em todo o território nacional e em suas áreas mais longínquas e remotas, características da continentalidade de nosso país.
Conforme Marcos Rovinski, presidente do Simers: “O formato atual é distinto da última versão aplicada, visto que nesta edição a prioridade é a contratação de médicos brasileiros e registrados junto aos CRMs estaduais”, afirmou.
Desde 2022, durante os períodos pré e pós-eleitoral, lembra o presidente Rovinski, o Sindicato Médico já vinha defendendo e construindo junto à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e ao Congresso Nacional a criação de uma política estrutural para a atração e fixação de médicos junto ao setor público, por meio de uma carreira de Estado, em formato regional, tendo seus custos subsidiadas pelos Entes da Federação (Municípios, Estados e União).
Outro ponto reforçado pela entidade médica é a necessidade da aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (REVALIDA), para médicos estrangeiros ou brasileiros formados fora do País, assegurando a avaliação da capacidade técnica dos profissionais contratados pelo programa.
“O Brasil detém número suficiente de médicos, porém a modificação e a atração desses aos diversos pontos remotos, com difícil acesso e questões ambientais desafiadoras, só serão alcançados se forem assegurados três pontos básicos: condições de trabalho, segurança contratual e remuneração adequada, de acordo com a complexidade da profissão”, finaliza Marcos Rovinski.
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