Simers e Cremers ajustam ações em prol da segurança dos médicos e à disponibilidade de medicamentos aos pacientes psiquiátricos

O vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, e o diretor de Interior, Fernando Uberti, em reunião on-line com o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), Carlos Isaia Filho, acordaram, nesta segunda-feira(20), ações que promovam a segurança do médico no exercício da profissão e, ainda, soluções à lamentável descontinuidade do fornecimento de importantes medicamentos para tratamentos psiquiátricos. 

O Simers lançou uma campanha de conscientização contra a violência aos profissionais da saúde em seus ambientes de trabalho e busca o apoio de instituições representativas e interessados para aprovação de legislação, em tramitação no Congresso Nacional, que classifica como crime grave esses atos nos ambientes de trabalho. Além disso, através do seu Núcleo de Psiquiatria, a entidade defende iniciativas que possibilitem a distribuição de fármacos, com reconhecida eficácia no tratamento de pacientes com problemas psiquiátricos. Entre as possibilidades defendidas, "está a produção desses medicamentos em laboratórios estatais", observa Uberti, um dos principais defensores da causa.

Isaia Filho recomenda a redação e publicação de comunicação técnica, com orientações aos médicos, sobre procedimentos de segurança em ambientes suspeitos, destacando que é crucial "o médico informar ao diretor técnico do estabelecimento de saúde sobre os riscos, para que ocorram as providências cabíveis”. O dirigente do Cremers ressaltou que, na ausência de diretor técnico, o comunicado sobre a fragilidade do ambiente deve ser levado ao secretário de Saúde Municipal ou instâncias superiores. 

Sobre a demanda de medicamentos para tratamentos psiquiátricos, o Cremers oficiará os órgãos pertinentes. Além disso, a partir do convite do diretor Uberti, a Câmara Técnica de Psiquiatria do conselho se integrará às atividades do Núcleo de Psiquiatria do Simers, em defesa da saúde mental no Estado, inclusive com a participação na audiência pública que ocorrerá na Assembleia Legislativa do RS, no próximo dia 29 de julho, para tratar dessa falta de medicamentos.