O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e o Conselho Regional de Medicina (Cremers) estiveram na sede do governo gaúcho na manhã desta terça-feira, 24, quando foi protocolado ofício pedindo a intervenção dos gestores da Saúde para garantir a reabertura integral do Hospital de Pronto-Socorro de Canoas (HPSC). O documento foi assinado por diferentes entidades e entregue no gabinete da Casa Civil do RS pelo coordenador da Região Metropolitana do Simers, Daniel Wolff, e pelo conselheiro do Cremers, Márcio Castan. O mesmo texto foi encaminhado ao governo federal, por meio da Secretaria para Apoio à Reconstrução do RS e do Ministério da Saúde, bem como à Secretaria Estadual da Saúde e à Secretaria Municipal de Saúde de Canoas.
O diretor do Simers explica que ainda faltam informações sobre como vai ser feita a reabertura do HPSC, anunciada para 30 de setembro e apenas de forma parcial, com consultas clínicas e procedimentos ambulatoriais. “O hospital é uma referência para o atendimento de traumas para mais de 100 municípios e foi planejado para garantir uma agilidade que é vital, como é o caso dos acidentes de trânsito. Por isso, sua reabertura em toda a sua complexidade é essencial para mais de três milhões de pessoas. Um hospital deste porte não pode funcionar como uma grande Unidade de Pronto Atendimento”,destaca Wolff.
Além do Simers e do Cremers, também assinam o documento a Associação Médica do RS (Amrigs); Associação Médica de Canoas (Somedica); Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS); OAB/RS - Subseção Canoas; Sindicato dos Odontólogos do RS; Federação dos Municípios do RS (Famurs) e Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal).
Abrace o HPSC
O Hospital de Pronto Socorro foi inundado durante a enchente que atingiu Canoas, no começo de maio, quando mais da metade da cidade foi afetada. A água chegou a dois metros de altura no hospital, o que comprometeu todo o primeiro pavimento, resultando em perdas que ultrapassam os R$ 37 milhões. Para a retirada dos pacientes e dos moradores que foram buscar abrigo no local, foi necessária a abertura de um buraco na parede do segundo andar. Ao todo, cerca de 400 pessoas foram resgatadas de barco e helicóptero.
No dia 27 de agosto, o Simers mobilizou diferentes entidades da Saúde e segmentos da sociedade para a urgente necessidade de reabertura do HPSC, quando realizou um grande abraço ao hospital. A iniciativa buscou reforçar a importância da retomada de uma instituição que atende cerca de 4,2 mil pacientes por mês, cujo fechamento sobrecarrega outros hospitais sem o mesmo fim e a mesma estrutura de pronto-socorro para garantir o acesso rápido a cuidados de emergência.
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