SIMERS e médicos municipários discutem pacote de Marchezan

O fim do Plano de Carreira e o esvaziamento do serviço público em Porto Alegre. É dessa maneira que o pacote proposto pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior foi avaliado pelos médicos municipários de Porto Alegre. Eles estiveram reunidos na noite de quinta-feira (3) para discutir em detalhes cada um dos projetos e avaliar suas implicações. Conforme destaca a diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) Clarissa Bassin, essas medidas acarretam em prejuízos e desrespeitam o concurso prestado pelo servidor. “Diferente do que se diz, hoje o funcionário público tem menos direitos do que o celetista, por exemplo. Caminhamos para uma precarização ainda maior, que tem reflexos na população”, ressalta. Na mesma linha, o diretor Jorge Eltz percebe os projetos como uma forma de acabar com o serviço público e dar espaço para a terceirização. A desculpa dada para viabilizar esse processo é o cumprimento do limite prudencial em relação aos gastos com pessoal, determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “No entanto, o prefeito até agora não falou em cortar cargos de confiança (CCs), primeira medida apontada pela própria legislação para diminuir gastos. Aliás, essa era uma promessa de campanha feita por Marchezan, que fez justamente o contrário e aumentou o número de CCs”, complementa.