O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) entrou com um pedido de providências ao Ministério Público (MP), para reverter o cenário de desassistência na Emergência Pediátrica do Hospital Universitário (HU), de Canoas. Nesta segunda-feira, 30, o Simers esteve, mais uma vez, acompanhando a grave situação no local, onde a última pediatra que integrava a equipe pediu demissão.
“É inaceitável que a gestão municipal mantenha o serviço com as portas abertas, sem pediatras para atender aos pacientes que são encaminhados das UPAs e de toda e região Metropolitana. Os médicos e a população merecem respeito e vamos insistir para que o Ministério Público apure o real comprometimento da assistência, em Canoas”, afirma a diretora do Simers Luciana Mesko. Luciana esteve à frente da comitiva do Sindicato que esteve no HU e conversou com a pediatra que fez o seu último plantão na unidade.
A profissional relatou ao SImers que, durante todo final de semana, o atendimento foi feito por médicos não especialistas, sendo que, na segunda-feira, nem mesmo o clínico estava presente. Dessa forma, ela respondia, sozinha, pelos pacientes da triagem, os encaminhamentos, as setes crianças internadas, sem falar na preceptoria aos dois residentes. Uma demanda que representa a necessidade de três pediatras a cada plantão, em uma das cidades com a segunda maior arrecadação do Estado.
“Vimos uma demissão em massa dos pediatras da Emergência do HU, pois a sobrecarga de trabalho, somada à falta de condições para exercer as atividades afasta os interesses dos médicos em atuar no local. Como é possível atender sem medicamentos e insumos básicos, como soro e antitérmicos?”, questiona a diretora do Simers.
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