Simers em Osório: entidade negocia equiparação entre médicos concursados

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) voltou a abordar a equiparação salarial entre profissionais concursados de Osório cujos contratos preveem remunerações diferentes. A ideia é discutir com os novos integrantes do Executivo municipal alternativas que permitam a correção de distorções que viabilizem aos médicos que já trabalham há mais tempo nas unidades, salários iguais aos que foram contratados depois. Os contratos dos que ganham mais incluem mais tarefas e os que quiserem migrar para um salário maior, terão que assinar um contato novo.

O secretário municipal da Saúde, Gonzalo Pintos, que também é médico, se mostrou sensível ao pleito e confirmou que o tema já vem sendo tratado internamente. Segundo ele, a intenção é organizar a gestão, melhorando a situação financeira do município para, então, tratar disso. “Somos totalmente favoráveis que trabalhos iguais recebam remunerações iguais. Contudo, estes ajustes poderão ser feitos até o fim do ano”, enfatizou.

Tanto o secretário quanto o coordenador médico do município, André Bendl, reforçaram que o assunto precisa ser bem avaliado para corrigir com justiça as distorções. Segundo Bendl, o contrato dos que assumiram no último concurso prevê o atendimento de Saúde da Família, que inclui outras atribuições, atualmente não exigidas dos médicos oriundos de concursos anteriores. “Somos a favor da isonomia, de remuneração e de serviços”, reforçou. A diretora que representou o Simers no encontro, Lúcia Osório, reforçou que esta é uma construção possível de fazer. “O importante é abrir oportunidade de que aqueles que se interessarem em migrar para o novo modelo tenham a chance de fazê-lo”, ponderou.

O prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior, que estava fazendo uma visita ao secretário também participou do encontro. Segundo ele, o município está passando por um momento bastante crítico do ponto de vista financeiro, o que está exigindo uma série de readequações e atitudes fortes por parte do novo governo. “Temos boas perspectivas, mas precisamos ter certeza de que tudo o que estamos pensando vai funcionar. Se tudo conspirar a favor, talvez possamos retomar este assunto no fim do ano e buscar uma solução para o problema”, concluiu. A diretora Lúcia e a representação Jurídica do Simers colocaram o Sindicato à disposição do município para compor uma solução tão logo a prefeitura tenha condições de levar adiante a demanda dos médicos.