O diretor da Região Sul do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Sclowitz e a delegada em Pelotas, Berenice Scaletzky realizaram nesta terça-feira, 12, visita técnica a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Areal, na zona oeste da cidade. O objetivo foi apurar e discutir com os gestores a sobrecarga de trabalho dos médicos.
Durante a reunião com o gestor da Fundação Getúlio Vargas, responsável pela administração da unidade, Nelson Soares, os diretores do Simers foram atualizados sobre a situação da redução do quadro de médicos e o aumento da demanda. A baixa oferta de leitos de retaguarda e internação pelo SUS aparece como uma das origens de parte dos problemas. A falta de médicos na rede de atenção básica para atender a procura da população, é apontada como outra causa da grande busca por atendimento na UPA.
“Acompanhamos há muito tempo a situação da UPA, mas recentemente foi reduzido o quadro de médicos e a demanda vem aumentando muito em função da falta de leitos de retaguarda, que na verdade existem disponíveis, mas a Secretaria da Saúde precisa contratualizar. Essa seria a forma de desafogar os atendimentos no Pronto Socorro, que passa lotado e desafogando o PS, por consequência, desafogaria também a UPA, que deveria realizar atendimentos de uma complexidade menor, mas vem atendendo situações de complexidade alta, que seriam para o Pronto Socorro”, explicou Sclowitz.
A partir das circunstâncias expostas, os diretores do Simers devem preparar uma agenda de reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde para tentar viabilizar a reposição das horas-médicas da UPA para garantir o aumento do número de profissionais no atendimento da unidade. Paralelo a isso deverão ser realizadas conversas, também, para tratar da contratação de novos leitos. “Sabemos que a Santa Casa e a Beneficência Portuguesa operam com 50% dos seus leitos fechados, então não há falta de leitos, o que existe é uma falta de investimento do gestor público para suprir essa necessidade e possibilitar que o sistema de saúde funcione de uma maneira mais adequada”, salienta o diretor regional da entidade médica.
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