Os médicos deram prazo até 15 de fevereiro para o IBSaúde quitar todas as remunerações atrasadas de quem atende na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Junção, de Rio Grande. Caso a medida não seja cumprida, a categoria decidiu por unanimidade, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), restringir os atendimentos que não forem de urgência e emergência. Além disso, vão protestar as notas vencidas do IBSaúde, responsável pela gestão da UPA, a partir do dia 16 de fevereiro.
O protesto das notas é uma maneira de formalizar a cobrança da dívida junto à empresa e será feito de forma coordenada. “O objetivo é unirmos a maioria de nós, que somos 41 médicos, para protestarmos as notas atrasadas simultaneamente, ocasionando restrições formais aos negócios do IBSaúde”, projetaram os profissionais presentes durante a AGE que definiu os prazos, na noite de sexta-feira, 24. A coordenação da reunião foi feita pelos sindicatos médicos do Rio Grande do Sul (Simers) e de Rio Grande (Simerg).
Para a diretora da Região Sul do Simers, Renata Jaccottet, é inadmissível que os profissionais trabalhem e não recebam. “Essa é uma regra que vale para todo mundo que presta algum serviço, por que com os médicos seria diferente?”, indagou. As medidas estão previstas para a metade de fevereiro porque a categoria está contando que a empresa cumpra o compromisso assumido de pagar parte dos atrasados até esta segunda, 27. Na mesma data, tão logo a ata da AGE esteja assinada, será encaminhado um ofício informando a decisão à empresa e aos demais órgãos competentes.
Simers e Simerg tentam, há algumas semanas, sem sucesso, se reunir com representantes do IBSaúde. A empresa já foi notificada duas vezes e não se manifestou, nem respondeu aos ofícios. Uma nova solicitação de agenda foi feita para esta semana e a expectativa é de que se confirme o encontro para que a negociação possa, efetivamente, acontecer.
A diretora Renata Jaccottet aproveitou para advertir os médicos para que fiquem atentos aos termos dos contratos que vão assinar, como forma de se protegerem de eventuais faltas de pagamentos. Os contratos atuais, em regra, não prevêem esse tipo de situação.
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