A falta de médicos, medicamentos e de segurança na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte/Scharlau, em São Leopoldo, foi constatada durante visita técnica realizada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), na tarde desta quarta-feira, 9. Na oportunidade, a diretora do Simers, Anice Metzdorf, conversou com os médicos que estavam na escala de plantão e ouviu as demandas dos profissionais.
Segundo os relatos, apenas dois clínicos e dois pediatras estão na linha de frente do atendimento. No que se refere aos pacientes adultos, os números de atendimento já chegaram a 250, em um plantão de 12 horas. Isso significa mais de oito pacientes por hora, para cada médico, quantidade muito superior ao que é preconizado pelo Conselho Federal de Medicina.
"Os médicos já procuraram os gestores da Saúde do município e nada foi feito. Uma sobrecarga de pacientes e de trabalho que coloca em risco à segurança dos profissionais, os quais são constantemente ameaçados pela população que aguarda pelo atendimento", alerta Anice. Segundo a diretora, a falta de condições de trabalho enfrentada pelos medicos será levada ao Ministério Público, assim como a busca de agenda com a Prefeitura Municipal para buscar soluções para o problema.
"Além da UPA, sabemos da precariedade na rede básica de Saúde de São Leopoldo, bem como no Hospital Centenário. O que leva a população a buscar a unidade como referência para os mais diferentes tipos de caso, dos graves aos que poderiam ser resolvidos no posto", afirma a diretora do Simers.
A UPA Zona Norte está localizada no bairro Scharlau e conta com atendimento 24 horas, incluindo Sala Amarela e Sala Vermelha, para urgência e emergência.
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