Simers entra na Justiça para suspender contratos emergenciais nos hospitais de Alvorada e Cachoeirinha
Defesa

Simers entra na Justiça para suspender contratos emergenciais nos hospitais de Alvorada e Cachoeirinha

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28/03/2024 17:59

Para garantir o direito dos médicos e evitar a desassistência à população de Alvorada e Cachoeirinha, o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) entrou com ação coletiva junto à Vara do Trabalho de Alvorada e contra o governo do estado, para que a Justiça suspenda as transições das gestões dos hospitais envolvidos. A ação foi protocolada nesta quinta-feira, 28, e tem como objetivo impedir as contratações emergenciais tanto no Hospital de Alvorada como no Hospital Padre Jeremias. “Queremos evitar que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da Região Metropolitana sofram ainda mais prejuízos com o descaso dos gestores e assegurar que os trabalhadores tenham os seus direitos respeitados”, afirma o diretor-geral do Simers, Fernando Uberti.

O Simers foi uma das entidades que participou de audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT 4), nesta terça-feira, 26, para tentar reverter a crise vivenciada nos hospitais que ainda são geridos pelo Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), o qual se encontra em recuperação judicial. Durante a mediação, foi solicitado ao governo a suspensão das contratações emergenciais, pedido que foi negado e que levou o Sindisaúde RS a anunciar a greve a partir das 6h da manhã de segunda-feira, 1º de abril.

“A medida cautelar é uma forma de não fazer com que o rompimento abrupto destes contratos acabe inviabilizando ainda mais o próprio funcionamento do Instituto de Cardiologia, o que prejudicará o processo de recuperação judicial e, especialmente, os pagamentos já assumidos em favor dos credores trabalhistas. Além disso, quando o estado diz que as empresas contratadas apresentam condições de assunção das atividades é absolutamente temerária e inverídica”, ressalta Fernando, se referindo ao documento enviado pelo governo gaúcho justificando a continuidade do processo de transição.

O diretor do Simers se refere a uma decisão do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás, no final do ano passado, que ordenou que a Prefeitura de Anápolis interrompesse os repasses financeiros à Associação Beneficente João Paulo II, encarregada pela administração do Hospital Alfredo Abrahão e que vai assumir o Hospital de Alvorada.

Hoje, cerca de mil trabalhadores atuam nos dois hospitais, dos quais perto de 100 médicos, em diferentes especialidades.

Tags: Alvorada Cachoeirinha Hospital de Alvorada Hospital Padre Jeremias IC-FUC Região Metropolitana

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